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Mercado interno insuficiente mantém atividade industrial gaúcha em baixa no trimestre

Demanda interna insuficiente (50,2% das respostas), elevada carga tributária (44,4%) e altas taxas de juros (29,2%) foram as três principais razões apontadas pelos empresários para manter a atividade da indústria gaúcha em baixa no primeiro trimestre de 2016. Os dados estão na Sondagem Industrial do RS, divulgada nesta segunda-feira (25) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

A pesquisa revela, também, que no primeiro trimestre continua grande a insatisfação das indústrias com suas margens de lucro (32,6 pontos) e sua situação financeira (38,9 pontos). Aliado a isso e para tornar o momento ainda mais dramático, aumentaram as dificuldades de acesso ao crédito (30,8 pontos) e os preços das matérias-primas (67,8). “Os problemas se acumulam diante de uma crise tão longa e, o pior, com esta indefinição no ambiente político e econômico, não percebemos sinais de mudanças para os próximos seis meses. Será preciso continuar tomando medidas para se adequar ao momento até que a situação se normalize”, alerta o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

Na comparação com fevereiro, a produção industrial de março mostrou uma pequena expansão (50,5 pontos contra 45,7), quase estabilidade, o pior resultado em seis anos para o mês. Já o índice de emprego denota nova queda (46,2 pontos). O processo de fechamento de vagas no setor alcançou dois anos. A capacidade instalada da indústria no Rio Grande do Sul também demonstra alta ociosidade em março, com 65%, o menor nível desde 2011. Também em relação aos estoques, a pesquisa indica que a indústria gaúcha acumulou mais neste item (era de 51,4 pontos em fevereiro e subiu para 52,1) do que o planejado, interrompendo o processo de ajuste que ocorria desde novembro de 2015.

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EXPECTATIVAS – O setor industrial gaúcho ainda não percebe sinais de mudanças nos próximos seis meses. O pessimismo com a demanda (47,1 pontos), que vinha diminuindo nos últimos meses, voltou a subir, mantendo as expectativas de emprego (44,9 pontos) e de compras de matérias-primas (47,2 pontos) no terreno negativo. Por outro lado, as expectativas para as exportações (57,6 pontos) continuaram positivas. A intenção de investimentos (39,2 pontos) ficou maior, embora expresse ainda uma baixa disposição.

Realizada mensalmente pela Fiergs, a Sondagem Industrial varia em uma escala de 0 a 100 pontos. Indicadores inferiores a 50 pontos apontam queda ou expectativas de queda, UCI menor do que o usual ou estoques abaixo do planejado. Para a intenção de investimentos, quanto maior o índice, maior a propensão a investir.

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