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Mercado desafia produtores de frutas em Encruzilhada do Sul

O Clube do Comércio de Encruzilhada do Sul sediou, nessa quarta-feira, 13, evento técnico promovido pela Secretaria Municipal de Agropecuária. A programação, que iniciou pela manhã e terminou à noite, integra as atividades comemorativas dos 173 anos do município, que se estendem até a próxima terça-feira, 19. A ampla diversificação no setor produtivo local fez com que o dia de difusão do conhecimento na área fosse direcionado a diferentes segmentos. Pela manhã, o assunto foi a pecuária; à noite, os grãos estiveram em pauta. O maior destaque, porém, foi para a tarde, quando se tratou sobre a fruticultura, o histórico e os desafios para os produtores. 

Marco Antônio dos Santos,
Secretário de Agropecuária de Encruzilhada do Sul

O secretário de Agropecuária, Marco Antônio dos Santos, fez um resgate de como o município passou a ser destaque no Estado. Lembrou da chegada da noz -pecã e a dificuldade de implantação. Mais tarde, diante da condição climática local e do menor custo para aquisição de terras, os produtores de uva e azeitonas incrementaram o setor. Com os resultados melhorando, a produtividade sendo ampliada e o município aparecendo como destaque no País – é o maior em área destinada a oliveiras –, começaram a surgir novas oportunidades. “Podemos fazer a transformação do produto, agregar valor, instalar cantinas aqui, e não só mandar nossas uvas para outras regiões”, enfatiza.

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Todas essas ações citadas pelo secretário ganhariam maior potencial de incremento de mercado se fosse obtida a certificação de origem do produto. Ele acredita que é possível buscar esse título, o que qualifica e dá nome ao que é feito no município. “Buscamos esse reconhecimento da área de cultivo, com expectativa de desenvolvimento, também, do turismo rural.”

Grandes resultados

Roberto Minuzzi: representatividade

O desempenho obtido pelos encruzilhadenses é traduzido em números, sobretudo quando se leva em consideração a produção de pequenos frutos, como amora, morango e mirtilo. O presidente da Associação de Fruticultores de Encruzilhada do Sul (Afrutes), Roberto Minuzzi, recorda que há sete anos, quando assumiu a direção da entidade, eram dez associados. Atualmente são 56, divididos em três áreas – uma delas é dedicada a amoras, colhendo 116 toneladas. 

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A ampliação da produção passou a exigir maior estrutura. A Afrutes conta com capacidade de congelamento de 40 toneladas de frutos, além de resfriamento de outras 40, o que garante mais tempo para a comercialização. Luís Eduardo Antunes, da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, destaca essa possibilidade de ampliar a vida útil. Ressalta, no entanto, que o produto de mesa tem valor maior para venda, ampliando de R$ 5,50 a R$ 25,00 o quilo, no caso da amora.

Incremento na propriedade

Três casos de sucesso foram apresentados na tarde. Gustavo Bertolini, Hilton Fensterseifer e Orocildo Mendonça relataram como fazem nas propriedades das famílias. Fensterseifer tem parreirais, oliveiras e soja. “Encaminhamos nossa produção de uva para uma vinícola da Serra. São cerca de 20 mil garrafas. Nossa intenção é ter uma cantina na propriedade, que possa fazer esse vinho e espumantes”, adianta. 

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Bertolini, que consegue o envase de 30 mil garrafas, reforça que Encruzilhada tem um destaque positivo: o solo. “Estamos no ‘escudo cristalino rio-grandense’, que é diferente do solo da Campanha e da Serra. Aqui, dentro de uma propriedade, pode ser encontrado solo específico, que gera diferentes resultados e sabores nas frutas”, explica. Mendonça, que é filho de assentado, viu a propriedade diminuir a lucratividade diante do alto custo para levar a produção até a Serra. Ampliou, então, o cultivo de uvas finas e criou ponto de vendas à margem da rodovia. Ainda percebe, no entanto, a dificuldade de conseguir mão de obra e o fato de ser inacessível a aquisição de maquinário pelos pequenos produtores.

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