A evasão escolar se tornou motivo de atenção na área da 6ª Coordenadoria Regional de Educação, que tem sede em Santa Cruz do Sul. Números apresentados pelo titular da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, apontam que a quantidade de estudantes vem diminuindo na região. Com previsão de início no próximo dia 19, o ano letivo na rede estadual está em fase de planejamento e, nesse contexto, o total de matriculados é um dos aspectos levados em consideração. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, Luiz Ricardo avaliou o cenário e perspectivas para o período.
Ele citou que a diferença chega a 2 mil estudantes. “Já tivemos uma média de 39 mil alunos e quando baixava chegava a 29 mil. No último dia 9, tínhamos 26,4 mil”, afirmou. A expectativa é chegar a 27 mil até o início das aulas. Segundo Moura, um dos focos da coordenadoria, especialmente no pós-pandemia, é a permanência dos estudantes nas escolas. “São inúmeras estratégias que cada instituição procura adotar para que possamos resgatar os nossos alunos.”
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Entre os fatores que contribuíram para a evasão, segundo ele, estariam a busca pela rede municipal de ensino, a entrada para o mercado de trabalho antecipada e a falta de incentivo da família para os estudos. Segundo o coordenador, ainda são questões que precisam ser trabalhadas de forma mais intensiva.
Outro ponto de atenção na rede estadual é o déficit de professores para o próximo ano letivo. Conforme Moura, a meta era iniciar as aulas com 100% dos docentes em cada instituição, mas percebeu-se a migração de profissionais para a rede municipal e privada. “Em alguns municípios houve nomeações, e eu acredito que eles estão trabalhando forte por ser um ano eleitoral municipal”, observou.
Por ter aumentado o número de escolas em tempo integral, o coordenador acredita que não será possível iniciar as aulas com 100% da equipe docente. Até o momento, são 13 educandários em tempo integral que requerem um maior número de profissionais. “Recentemente tivemos a nomeação de 58 professores para nosso quadro, mas somente 52 assumiram”, contou.
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Em relação ao desempenho, mesmo com desafios relacionados à estrutura e pessoal, as 88 escolas estaduais de abrangência da 6ª CRE apresentaram bons índices de aprovação, segundo Moura. No Ensino Médio, 85,8% dos alunos foram aprovados em 202; já em 2023, o índice chegou a 92,7%. Em relação à reprovação, os números mostram uma queda considerável, de 14,20% para 7,3%. No Ensino Fundamental final, 2022 apresentou 93,6% de aprovação; no ano passado, o índice foi de 94,7%. Nos anos iniciais, a aprovação se manteve em 98,4% tanto em 2022 quanto em 2023.
Segundo o coordenador, um dos fatores que contribuíram para o resultado foi a formação pedagógica dos professores através de programas oferecidos pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc). “Conseguimos perceber que com essa qualificação, o professor esteve mais próximo do aluno.” Ele complementou que os docentes melhoraram também suas práticas pedagógicas e, junto das equipes diretivas, conseguiram trabalhar a importância do aprendizado com os jovens e suas famílias.
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Ao ser questionado sobre a meta da coordenadoria para este ano, Moura disse que conservar o equilíbrio e o diálogo com a comunidade escolar é fundamental sempre. Ele também pretende trabalhar para que as escolas mantenham suas equipes pedagógicas completas. “Eu sei que a meta é ousada, mas com o grupo que eu tenho à disposição, tenho convicção de que vamos alcançar.”
*Colaborou Ronaldo Falkenback
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