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NOVA ETAPA

Menino de 8 anos é a primeira criança vacinada contra a Covid-19 em Santa Cruz

Foto: Luiz Fernando Bertuol SECOM

Secretária de Saúde (de rosa) e prefeito em exercício conversaram com primeiro vacinado e com a mãe dele, no posto Cohab

Bruno José de Santana, 8 anos, foi a primeira criança vacinada contra a Covid-19 em Santa Cruz do Sul. O ato que marcou o início da vacinação infantil no município aconteceu no posto da Cohab e a expectativa da Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) até o mês de abril é vacinar 10.338 crianças com idades entre 5 e 11 anos, conforme orientação do Ministério da Saúde. O município recebeu 560 doses e a prioridade no momento é para crianças com comorbidades ou alguma deficiência permanente.

Mais tranquila após o filho ter recebido o imunizante, a mãe Nair de Bastos Silveira sabe bem o drama de ter perdido familiares para a Covid-19 e a importância da vacina. “Esperei muito por esse dia, a Covid vem destruindo muitos lares, perdi minha nora de apenas 25 anos e ela não tinha nada, não se sabe o porquê, o médico falou que a imunidade dela era baixa. O Bruno sofreu demais com isso, final de semana ele sempre mandava whats pra ela levar desenhos pra ele pintar. Eram muito unidos”, contou.

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Por causa de uma anemia falciforme, Bruno precisa de cuidados especiais, alimentação balanceada e exames periódicos. A mãe conta ainda que em caso de cirurgia ele precisaria de uma transfusão de sangue e que se avançar a doença pode levar até mesmo à cegueira. “Agora vou respirar um pouco mais aliviada, desde que começou a Covid ele não vai ao shopping nem a praças porque nesses lugares tem muito ajuntamento. Ele vai poder voltar a brincar, mas a gente vai continuar se cuidando”, frisou.

Depois de receber a dose pediátrica da Pfizer – a única vacina autorizada pela Anvisa para a imunização de crianças – e antes de voltar para casa, Bruno ficou aguardando 20 minutos sentadinho ao lado da mãe. Nesse tempo, o prefeito em exercício Elstor Desbessel e a secretária municipal de Saúde, Daniela Dumke, que compareceram ao posto para acompanhar as primeiras aplicações, conversaram com o menino e a mãe e orientaram os dois para que sigam observando o uso da máscara, álcool gel e distanciamento.

A mesma sensação de alívio vivida por Nair foi compartilhada por Caroline Loureiro, mãe de Valentina, 7 anos e meio. “Estava aguardando com muita ansiedade. Minha filha tem paralisia cerebral e é imunossuprimida, há dois anos está só dentro de casa com atendimento domiciliar. A gente evita sair todo mundo, alguém sempre fica em casa com ela”, disse.

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Para a secretária Daniela, o início da imunização das crianças é um momento de comemoração. “Estamos fechando um ano do início da imunização dos adultos e começando a vacinar nossas crianças, nosso maior bem. Faço aqui um apelo para que os pais busquem o serviço e agendem a vacinação, se hoje estamos em situação de baixa internação é por causa da vacina. A vacina não é um experimento, passou pela Anvisa, é segura”, garantiu.

Valentina, 7, também foi imunizada no primeiro dia de oferta de doses infantis

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Logística

Nesta quarta-feira, a vacinação das crianças aconteceu das 8 horas às 11h30, foi retomada às 13 horas e segue até as 16h30 nas ESFs Cohab e Glória. A partir desta quinta, 20, as doses passam a ser oferecidas também em Monte Alverne, na ESF Pedro Eggler, nos turnos manhã e tarde. Já na terça-feira, 25, inicia na ESF Rio Pardinho. Aos poucos outras localidades serão contempladas.

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Para evitar aglomerações e filas, a Sesa optou por adotar o agendamento na vacinação infantil. O procedimento também evita que doses sejam desperdiçadas – cada frasco possui dez doses. As marcações podem ser feitas pelos pais ou responsáveis presencialmente ou por telefone.

As salas de vacina dos postos com vacinação infantil ficam com atendimento restrito a esse público. Após receber o imunizante, a criança deve aguardar no posto por 20 minutos antes de ir embora, para o caso de eventuais sintomas. É normal sentir dor local, rubor nas faces e calor logo após a aplicação. Horas depois a criança também pode apresentar febre, dor local e no corpo.

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