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ZÉ BOROWSKY

Memória: Voluntários da Pátria (III)

Tropas brasileira, argentina e uruguaia (Tríplice Aliança) dizimaram o exército do Paraguai no conflito sul-americano | Foto: Divulgação/GS

Nas colunas anteriores, resumimos a presença de colonos de Santa Cruz na força dos Voluntários da Pátria, que reforçou o exército brasileiro na Guerra do Paraguai (1864-1870). Além dos capitães Pedro Werlang e Adolpho Pritsch, outro destaque foi o capitão Christoph Baum. Ele nasceu na Prússia em 15 de outubro de 1822 e era filho de Johann Baum e Anna Elisabeth Vier. Aportou no Brasil em 1825, na companhia da mãe, dois irmãos e do avô Georg Peter Baum. Estabeleceram-se em São Leopoldo e, já em 1839, seu nome aparece como voluntário na Guarda Nacional.

Natural da Prússia, Baum protagonizou atos de heroísmo | Foto: Álbum de família

Ao naturalizar-se brasileiro em Rio Pardo, passou a assinar como Christóvão Baum. No início da década de 1850, participou de ações militares no Uruguai e foi promovido a capitão. Quando deu baixa, recebeu do governo o lote 12, na Picada Nova (hoje Rio Pardinho), na colônia de Santa Cruz. Lá se estabeleceu, em 1855, com a esposa Maria Anna Frantz e um filho. Trabalhou como agricultor e sapateiro artesão.

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Quando eclodiu a Guerra do Paraguai, inscreveu-se como Voluntário da Pátria. Em janeiro de 1865, Dom Pedro II estava em visita ao Estado e ele foi encarregado de comandar o piquete do imperador na viagem de Rio Pardo a Uruguaiana. Em agosto, seguiu para o Paraguai com outros voluntários.

Em setembro de 1867, no ataque à Villa do Pilar, Baum acabou ferido com um tiro que penetrou no ventre e saiu nas costas. Foi operado e poucos acreditavam que se salvaria. Um mês depois, fugiu do hospital e colocou-se à frente da tropa, no combate do Potreiro Obella. Vendo-o pálido, fraco e magro, o comandante-geral Marquês de Caxias ordenou que voltasse ao hospital, ao que respondeu: “Vou desobedecer V. Excia. Se o meu esquadrão atacar, eu vou com ele”.

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Comovido, Caxias o autorizou a seguir. Após três meses, bastante debilitado, pecisou deixar a guerra e foi encaminhado a um hospital em São Leopoldo. Não conseguimos apurar se Baum se restabeleceu, se ficou em São Leopoldo ou se voltou para Rio Pardinho.

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