A noite de 24 de dezembro sempre é de muita expectativa para as crianças, pois é na véspera de Natal que o “Papai Noel traz os presentes”. A tradição milenar veio ao Brasil pelos imigrantes europeus.
Mesmo que hoje exista um forte apelo comercial, o presentear tem respaldo bíblico na visita que os Reis Magos teriam feito ao menino Jesus, na gruta de Belém. A tradição também pode estar vinculada a São Nicolau (Santa Claus), um homem bondoso, de barba branca, muito rico e que distribuía comida, roupas e dinheiro aos órfãos, nos anos 350 d.C.
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As famílias de origem alemã cultuavam a figura de Santa Claus (ou Nikolaus) que, com o tempo, se identificou com o Papai Noel de hoje. Mas havia também o Pelznickel (pelz = pelagem; nickel = diminutivo de Nikolaus). Para manter os pequenos “na linha”, os adultos os assustavam com essa figura misteriosa, que usava uma capa com pêlos. Ele circulava perto das casas sem ser visto, observava o comportamento da criançada e informava ao Noel. Os desobedientes corriam o risco de ficar sem presentes ou de receber uma varinha de marmelo.
No passado, os pais, tios, padrinhos e amigos que possuíam habilidades em marcenaria confeccionavam os brinquedos. Eram caminhõezinhos de madeira, bercinhos, triciclos, patinetes, casinhas etc. Senhoras habilidosas produziam bonecas de panos. Mas era possível comprar rostos, mãos e pés de porcelana e fazer o restante do corpo de tecido.
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Em Santa Cruz, os estabelecimentos mais procurados nesse segmento eram os bazares Kuhn, Rech e Rex, as lojas Becker Irmãos, Ferragens Baumhardt, Casa Maileander e outras. Em 1947, os irmãos Xavier e Lindolfo Braunger, junto com Rolf Loewenhaupt e Leo Kraether, criaram a Braunger e Cia., uma pequena fábrica de brinquedos e utensílios escolares.
Em 1959, o médico Ingo Ebert associou-se a eles e desse modo nasceu a Xalingo. A sigla remete aos pré-nomes dos sócios XAvier, LINdolfo e InGO. Os fundadores já se afastaram, mas a empresa permanece e é uma das maiores do setor de brinquedos do Rio Grande do Sul.
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