Vamos lembrar um pouco da história do médico Guilherme Alfredo Oscar Hildebrand, o primeiro santa-cruzense a formar-se em Medicina. Também foi vereador, deputado e manteve atividades agrícolas.
Ele nasceu em Santa Cruz em 21 de agosto de 1890 e era filho de Amália e do pastor Frederico Hildebrand. Como a família só falava em alemão, foi aprender a Língua Portuguesa no Colégio Distrital. Após, transferiu-se para o Colégio Sinodal (hoje Mauá), onde seu pai era diretor.
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Desde pequeno, manifestava o desejo de ser médico. Quando terminou o antigo primário, foi para Porto Alegre, onde fez o ginásio no Colégio Julio de Castilhos. Antes de concluir essa etapa (que durava seis anos), inscreveu-se como ouvinte na Faculdade de Medicina. Estudioso, logo tornou-se aluno efetivo e, já em 1913, com 23 anos, formou-se médico.
Iniciou a carreira em Ijuí, onde ficou por dois anos. Em 1915, voltou para sua terra natal e assumiu a direção do Hospital Santa Cruz. Exímio cirurgião, clínico-geral e oftalmologista, atendia pacientes do HSC e do Sanatório Kaempf. Ainda mantinha consultório na sua residência, na Rua Venâncio Aires (quadra do Correio), recebendo pessoas de toda a região.
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Quando os doentes não tinham condições de se deslocar, Guilherme os visitava em casa. Para o interior, ia a cavalo, inclusive à noite. Em algumas localidades, os moradores o conduziam pelas picadas, iluminando o caminho com lampiões.
Em 1924 e 1929, elegeu-se conselheiro (hoje vereador). Em 1934, foi eleito deputado estadual, mas não assumiu para não deixar a medicina. Em 1947, conquistou uma cadeira como deputado constituinte. Foi presidente do FC Santa Cruz e dirigente por vários anos.
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Em 1951, abandonou a política e a medicina, indo morar em sua fazenda (Fazenda H), às margens da estrada velha para Rio Pardo. Criava gado, plantava arroz e mantinha uma área de reflorestamento com um milhão de pés de eucalipto, considerada a maior do Estado.
Guilherme Hildebrand foi casado com Olga Binz e o casal teve três filhos. Ele morreu aos 94 anos, em 1º de fevereiro de 1985.
Pesquisa: Gazeta do Sul
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