José Augusto Borowsky

Memória: relembre a história dos camisas verdes

Neste período pré-eleitoral, com muita discussão entre centro, esquerda e direita, vamos lembrar um pouco da história do Integralismo. Não foi um partido político, mas sim um movimento bastante ativo na política e na sociedade brasileira, defendendo bandeiras conservadoras, nacionalistas e religiosas. Em Santa Cruz, havia um núcleo bem organizado, assim como em outras localidades de colonização alemã.

A Ação Integralista foi fundada em 1932 pelo deputado paulista Plinio Salgado (1895-1975). O lema era Deus, Pátria e Família e os seguidores usavam a saudação “Anauê”, que na língua Tupi significa “Você é meu irmão”. Como a expressão era falada com o braço direito erguido, muitas pessoas, equivocadamente, confundiam o movimento com o nazismo, que também possuía uma saudação própria. Mas os nazistas acreditavam em superioridade racial, enquanto os integralistas colocavam todas as raças como irmãs.

Alas femininas tiveram papel importante na difusão das ideias | Foto: Cedoc/Unisc

O Núcleo Integralista de Santa Cruz do Sul nasceu em 1935, sob a liderança de Carlos Maurício Werlang, e contava com alas feminina e infantil. Os camisas verdes, como eram chamados, foram bastante ativos e, em datas especiais, realizavam desfiles pelo Centro. A bandeira trazia a letra grega sigma como símbolo. Ela corresponde ao S e representa a soma dos valores sociais defendidos pelo movimento.

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Durante o Estado Novo, em 1938, o movimento foi extinto. Após a 2ª Guerra Mundial, muitos integralistas filiaram-se ao PRP (Partido de Representação Popular). Em 1947, o PRP elegeu o primeiro vereador, Armando Marx. Quatro anos depois, elegeu-se Carlos Maurício Werlang.
* Pesquisa: Cedoc/Unisc

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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