No próximo dia 20, os cristãos comemoram o Domingo de Páscoa. A data lembra a procura pelos ninhos com ovos de chocolate, tradição que veio com os imigrantes europeus. Mas antigamente, quando o dinheiro era escasso, a criançada ganhava ovos de galinha pintados pelos pais.
Por lembrar vida nova, o ovo é símbolo da Páscoa e associado à ressurreição de Cristo. Os de chocolate surgiram no século 18, mas custaram a chegar nas colônias. As crianças então recebiam ninhos com ovos de galinha cozidos ou recheados com amendoim açucarado.
Bem antes da data, as mães abriam os ovos com cuidado, retiravam a clara e a gema, e guardavam as cascas para recheá-las. Quem tinha amigos no interior até conseguia ovos de pata que, pelo tamanho, destacavam-se entre os demais.
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O desenhista aposentado Harry Gehner guarda uma coleção de embalagens de tinta em pó (Eierfarben) usada para tingir os ovos. Os bazares Kuhn, Rech e Rex vendiam o produto importado da Alemanha. Os pacotinhos tinham desenhos alusivos à Pascoa e eram colecionados pelas crianças.
O Eierfarben (eier = ovos; farben = cor), com cores variadas, precisava ser dissolvido em água morna e vinagre. As casquinhas eram mergulhadas no líquido e saíam coloridas. Os pais realizavam a tarefa quando os filhos estavam dormindo ou na escola.
Quando se fala em Páscoa, é preciso lembrar que Santa Cruz já teve uma das mais importantes fábricas de chocolates do Estado, a Sulina (Hennes & Söhnle). Os ovos e coelhos vinham em embalagens especiais, em alto relevo, muitas desenhadas por Genehr, que ainda preserva esses invólucros.
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