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COLUNA

Memória: o que aconteceu com as duas mudinhas de café no Palacinho

Escadaria de acesso ao Palacinho era ladeada por dois pés de café. Eles foram cortados em 1922. No detalhe, Floriano Peixoto. Foto: Arquivo de Luiz Kuhn

Semana passada, lembramos da história da mudinha de carvalho plantada na atual Praça da Bandeira para marcar a visita de Gaspar Silveira Martins à Vila de São João de Santa Cruz, em 26 de dezembro de 1879. Na época, o logradouro, que se chamava Simões Lopes, teve seu nome alterado para Praça do Carvalho.

Infelizmente, um republicano, adversário político do monarquista Silveira Martins, saía todas as noites e urinava na planta até ela morrer, história que entrou para o folclore santa-cruzense no final do século 19. Aproveitando que estamos em setembro, mês dedicado às árvores, vamos lembrar do plantio de outras espécies na praça que abriga a sede da administração de Santa Cruz.

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Após a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, para marcar o acontecimento, Bernardo Stein, ex-agente do Correio e funcionário do governo municipal, plantou duas mudinhas de café de cada lado da escadaria de acesso ao atual Palacinho (antigo Paço da Câmara, depois Intendência e hoje Prefeitura). Naquele ano, a então Praça do Carvalho teve seu nome alterado para Praça Marechal Floriano Peixoto, em homenagem ao grande líder do novo sistema de governo.

Conforme o historiador Ary G. do Prado (colaborador da Gazeta nas décadas de 40 e 50), Stein cuidou dos cafeeiros com muito zelo, protegendo-os até que se adaptaram ao nosso clima. Quando passaram a produzir, ele colhia os frutos, torrava, moía e servia o cafezinho para dividir com seus colegas de trabalho.

Em 1922, quando melhorias foram feitas no prédio da Intendência, os pés de café foram arrancados. Segundo Prado, Stein já havia falecido e não precisou ver o triste destino das plantas que tanto apreciava.

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Mas se os dois cafeeiros foram extirpados, na mesma ocasião houve o plantio de novas mudas de carvalho e de ipê. Elas marcaram as comemorações realizadas em Santa Cruz no centenário da Independência do Brasil, quando também foi lançada a pedra fundamental do Monumento à Liberdade.

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