Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

JOSÉ BOROWSKY

Memória: o dia em que foi colocado fogo na delegacia de Santa Cruz

Arrombamento, furto e incêndio na Delegacia de Polícia de Santa Cruz do Sul foram destaque na Gazeta em março de 1952

Arrombamento, furto e incêndio na Delegacia de Polícia de Santa Cruz do Sul foram destaque na Gazeta em março de 1952

Figura conhecida pela polícia, João Duarte Rodrigues deu trabalho aos órgãos de segurança nas décadas de 40 e 50. Era tão ousado que arrombou e incendiou a Delegacia de Santa Cruz do Sul. João era arrombador contumaz e a antiga Cadeia Municipal não o segurava por muito tempo. Em 21 de março de 1952, uma quinta-feira, voltou a fugir e, de madrugada, invadiu a Delegacia, que ficava na Rua Borges de Medeiros, em frente da praça. Ele pretendia eliminar os inquéritos que envolviam o seu nome.

A partir do telhado, entrou no gabinete do delegado Carlos Brundo, onde ficava o armário com as fichas dos meliantes. Colocou tudo no chão e ateou fogo. Como a sala era pouco ventilada, as chamas não se alastraram. Pela manhã, quando abriu a DP, o delegado viu a fumaça e pediu ajuda aos vizinhos. Os extintores não impediram a queima de 30 pastas com inquéritos e de parte do assoalho.

Antes de sair por uma janela, ele abriu todas as gavetas e furtou três revólveres, seis notas falsas de 1 mil Cruzeiros, quantias menores de dinheiro, relógios e outros. Ainda na madrugada, pediu que um taxista o levasse a Rio Pardo. Lá, pegou outro carro de praça e foi a Cachoeira do Sul.

Publicidade

O malandro, no entanto, pagou a corrida com uma nota falsa. De volta a Rio Pardo, o taxista viu o golpe e comunicou à polícia. O delegado rio-pardense, sabedor do ocorrido em Santa Cruz, ligou os fatos e enviou dois inspetores a Cachoeira, onde o homem foi preso em uma  pensão. Ele estava com roupas novas, mas vestia uma jaqueta furtada na DP de nossa cidade.

Rodrigues foi trazido para a cadeia de Santa Cruz e afirmava aos colegas de cela que voltaria a escapar e incendiaria o Fórum. No dia 29 de maio de 1952, ele e mais três companheiros fugiram.

Informado das ameaças, o delegado pediu à Brigada e ao 8º Regimento de Infantaria para realizarem a segurança do Fórum e da  Delegacia à noite. Dos quatro fugitivos, dois foram recapturados, mas João e Abrelino Floriano desapareceram e nunca mais foram vistos na cidade. 

Publicidade

Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul

quer receber notícias de Santa Cruz do Sul e região no seu celular? Entre no NOSSO NOVO CANAL DO WhatsApp CLICANDO AQUI 📲 OU, no Telegram, em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça agora!

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.