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Memória: o coração de Roque González

Os católicos de Santa Cruz do Sul e região viveram momentos de muita fé e emoção entre 7 e 18 de dezembro de 1956. Naquele período, ocorreu a visita do coração milagroso do padre Roque González, jesuíta morto em 15 novembro de 1628 e que é considerado mártir rio-grandense.

A relíquia chegou dia 7 (sexta-feira) e foi recepcionada no atual Bairro Arroio Grande. Ela foi acompanhada por um cortejo de carros até a igreja matriz (hoje Catedral), onde centenas de pessoas a aguardavam.

No sábado, 8, foi feriado em homenagem a Nossa Senhora da Conceição. A missa iniciou às 5h30 e, às 7h30, o coração foi levado em procissão até a Gruta de Lourdes (atual Casa de Retiros). À tarde, houve grande concentração de jovens, com adoração na matriz. Após, a relíquia percorreu comunidades da região.

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Entre os dias 12 e 18, ela permaneceu aqui, sendo reverenciada em noites de oração. Dias 12, 13 e 14, houve tríduo em preparação à ordenação sacerdotal de sete novos padres jesuítas santa-cruzenses. Dia 18, a relíquia deixou a cidade.

Os jesuítas Roque González (natural do Paraguai), Afonso Rodrigues e João de Castilhos (espanhóis), foram mortos por índios guaranis na localidade de Caaró (hoje interior do município de Caibaté), na região das Missões – que, na época, pertencia à Espanha.

O coração de Roque foi arrancado, trespassado por uma flecha, e jogado no fogo. No dia seguinte, o padre Pedro Romero encontrou o órgão intacto no meio das cinzas. Endurecido, mas preservando a cor vermelho escuro, foi levado ao seminário dos jesuítas em Buenos Aires.

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Em 1968, foi transferido para a Igreja de Cristo Rey, em Assunção, onde está guardado em um relicário de prata. Os três foram declarados santos em 1988. A história deles era bastante encenada por grupos teatrais católicos, especialmente jovens seminaristas. Na região de Santa Cruz, há igrejas e capelas em homenagem a eles.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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