Em 30 de julho de 1957, durante visita a familiares e amigos, o artista da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, o santa-cruzense Romeu Seibel, o famoso Chiquinho do Acordeão, promoveu a Noite das Acordeonas. O evento, organizado com a Sociedade de Cultura Artística de Santa Cruz do Sul, lotou o Cine Apolo.
Chiquinho deixou a cidade em 1949 para tentar a sorte no centro do País. Logo ingressou na Grande Orquestra Brasileira da Rádio Nacional, a mais importante emissora do País na época. Mais tarde, somou-se ao departamento artístico da Rede Globo, gravando trilhas e participando de programas de auditório. Em 1963, foi escolhido o Melhor Instrumentista do Brail e, em 1989 e 1990, conquistou os prêmios Sharp de arranjador e instrumentistas.
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A Noite de Acordeonas, que reuniu artistas locais, foi aberta pela Orquestra Jatibá, com as músicas Mambo 33, Que Murmurem e Dança das Horas. Depois, seguiram-se os acordeonistas Astor Kothe (Czardas); Heliton Schneider (Baile em Santa Cruz), com a participação de Lizete Wegner, Lygia Kuhn, Iris Jaeger, Yeda Ramos, Dulce Adams e Maria Alice Adams; Dietrich Dahen (Ondas do Danúbio) e Edemar Bender (Hora Stacato).
Na sequência, foi a vez do conjunto formado por Gastão Schuck, Gidon Nyland e Euclides Garibaldi (Didi). Edemar Bender (Bendinha) retornou ao palco com a música Passo de Gato. A noite foi fechada com o show de Chiquinho, que apresentou seus grandes sucessos, como São Paulo Quatrocentão, e algumas músicas gravadas com artistas como Fagner, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Martinho da Vila, Nara Leão, Raul Seixas, Maria Bethânia e outros.
Em entrevista à Gazeta do Sul, o acordeonista falou de sua alegria em voltar a Santa Cruz. Para ele, a única coisa que faltava na cidade era um aeroporto comercial. “Gostaria muito de embarcar no avião em São Paulo ou o Rio e descer aqui na minha cidade”. Seibel nasceu em 1928 e faleceu em 1993, no Rio de Janeiro.
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*Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul
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