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Memória: há 60 anos, seca atingiu a região após seis meses sem chuvas

Pardinho é marcado por altos e baixos: enchentes ou secas extremas

A semana que passou foi trágica devido às chuvas. O Pardinho virou um rio caudaloso, destruindo o seu entorno. A população orava pelo fim da precipitação. Há 60 anos, a situação era outra: o povo rezava para chover. A seca ocorrida no final de 1962 e início de 1963 trouxe enormes dificuldades a Santa Cruz e região. Fontes e arroios esgotaram-se.

Entidades santa-cruzenses, em dezembro de 1962, enviaram correspondências ao Ministério da Agricultura solicitando medidas para a produção de chuvas artificiais. Elas partiram do prefeito Edmundo Hoppe, das associações Comercial, Rural e dos Plantadores de Fumo.

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Não chovia há seis meses. O Rio Pardinho não corria mais, o Rio Pardo estava com o leito seco em muitos pontos e o Jacuí, o mais caudaloso da região, apresentava nível reduzido. Os prejuízos eram grandes no interior, já faltava água para o consumo das pessoas e animais. Na cidade, quem ainda tinha um pouco do líquido repartia com os vizinhos.

A estiagem causou situações inusitadas. Muita gente passou a recorrer aos olhos d’água que existiam nas matas das regiões da Gruta, Arroio Grande, Arroio do Moinho e Sanatório  Kaempf. A fonte dos Spies, nos altos da Rua da Figueira, utilizada há quase cem anos, secou. O fato foi tão extraordinário que mereceu reportagem na Gazeta. Ela não fornecia água apenas para os donos da área, mas também a moradores da Travessa Spies, Rua do Matadouro, Rua Bahia e adjacências. Dezenas de pessoas ficaram desabatecidas.

Fonte dos Spies secou e a região foi atendida com caminhão-pipa
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A Prefeitura passou a levar água de caminhão-pipa uma vez por semana, mediante uma pequena taxa. Mas as famílias carentes não tinham como pagar e não possuíam local para armazenar o líquido até o retorno do veículo. Em fevereiro, finalmente, as precipitações voltaram e não foi necessária a chuva artificial.

Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul

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