Semana passada, lembramos do início das atividades da Caixa de Economia e Empréstimo (Spar und Darlehnskasse), em 18 de abril de 1904. Ela foi criada por 22 empreendedores de Santa Cruz, orientados pelo padre jesuíta Theodoro Amstad, e tornou-se uma das principais instituições do ramo no Estado.

Instalada em uma sala alugada no prédio do antigo bazar de Guilherme Kämpf (depois Fritz Rech), na esquina onde hoje fica o Edifício JH Santos, ela captava recursos de investidores que não queriam guardar dinheiro em casa e concedia empréstimos a comerciantes, pequenas indústrias e agricultores que desejavam ampliar seus negócios.

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A diretoria, formada por  Carlos Kern (presidente), Adolfo Lamberts, Paulo Stahl, Reinhard Kühleis, Guilherme Hansel e Guilherme Frantz, tinha a fama de agir com muita cautela. Qualquer empréstimo só era liberado se tivesse a assinatura de todos os diretores.

As atas da Caixa revelam curiosidades. Em 1911, foi liberado empréstimo para a Intendência (hoje Prefeitura) comprar a usina elétrica de Santa Cruz, que pertencia a um particular. Foi a primeira operação de crédito com uma entidade pública. Em 1915, foi aprovada ajuda para a Cruz Vermelha.

Em 1917, foi dado empréstimo ao Grêmio Futebol Porto Alegrense, mas não esclarece a finalidade. Em 1918, a diretoria aprovou a compra da primeira máquina de escrever da Spar und Darlehnskasse. Até ali, todos os registros eram feitos à mão.

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Em 1920, foi autorizado auxílio aos flagelados do Ceará e, em 1924, liberou-se empréstimo para a instalação das redes de água e esgoto e início do calçamento em  Cachoeira do Sul. A ata salienta que o intendente João Neves da Fontoura honrou seu compromisso e o valor foi inteiramente liquidado, dentro do prazo estipulado. 

O crescimento da Caixa Cooperativa Santa Cruzense era tanto que a sala alugada tornou-se pequena. Com  isso, em 1919, foi adquirida a primeira sede própria. O prédio, de Guilherme Schreiner, ficava na esquina da Rua Tenente Coronel Brito com a Borges de Medeiros (um pouco acima do restaurante Centenário). Ali, permaneceu até o final de 1925.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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