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josé augusto borowsky

Memória: a praça das árvores

Foto: Arquivo Pessoal

Praça da Bandeira no Centro ganhou novo layout no início dos anos 50, mas sua identidade com as árvores foi mantida

A Praça da Bandeira, onde fica a sede da administração de Santa Cruz do Sul, sempre teve identificação com as árvores. Em 1879, ela foi batizada de Praça do Carvalho, planta símbolo da longevidade que os monarquistas desejavam ao governo de Dom Pedro II.

Em 1889, com a destituição do imperador, novamente as árvores marcaram o acontecimento. Duas mudas de café foram plantadas ao lado da escadaria de acesso à intendência e o logradouro teve seu nome alterado para Praça Marechal Floriano Peixoto, em homenagem a um dos artífices da República. A adesão dos cafeeiros ao movimento republicano foi decisiva para a mudança no regime do governo brasileiro.

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Em 1922, nas comemorações do centenário da Independência do Brasil, os pés de café foram extirpados. Em compensação, o logradouro recebeu mudas de ipê, planta que representa renovação e esperança, além de alguns carvalhos. Em 1961, o ipê tornou-se árvore símbolo do Brasil.

Na década de 1940, no lado da praça que faz frente para a Rua 7 de Setembro, foram plantados eucalitptos da variedade citriodora, cuja madeira não racha tão fácil e é resistente ao cupim. Na calçada em frente, ficava a usina elétrica que queimava muita lenha. Talvez o plantio de árvores altas objetivasse amenizar os efeitos da fumaça sobre o palacinho.

Em 1953, quando a praça ganhou novo layout, os eucaliptos foram derrubados. Segundo noticiou a Gazeta, dois seriam mantidos como recordação de como era a antiga arborização. E os pés ainda estão lá, na esquina com a Teente Coronel Brito.

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Em 21 de setembro de 1979, para marcar o Dia da Árvore e o início das atividades do Departamento Municipal do Meio Ambiente (Dema), o prefeito Arno Frantz assinou decreto declarando “imune ao corte” um pau-brasil próximo ao Monumento da Liberdade. Ela foi escolhida por sua rara beleza, com flores amarelo-ouro em formato de candelabro. Provavelmente, foi um dos plantados em 1922.

Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul

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