No momento em que a gasolina volta a polemizar, vamos lembrar da crise da década de 70. Com a disparada do preço do petróleo, motivada por problemas no Oriente Médio, várias medidas foram sugeridas para tentar superar as dificuldades impostas pela alta da gasolina (58%), do diesel e do gás de cozinha. Vários segmentos em Santa Cruz do Sul fizeram propostas. Quase nada saiu do papel.
O governo municipal anunciou que, pela redução nas cotas de diesel fornecidas pela Petrobras, a Prefeitura teria que reduzir o ritmo das obras. As indústrias santa-cruzenses também sofreram com o problema, os postos de gasolina tiveram que fechar nos finais de semana. Pelo alto preço dos combustíveis, muitos proprietários de carros e caminhões optaram por parar seus veículos.
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A primeira sugestão para amenizar a crise na região veio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp): a reativação da navegação nos portos de Rio Pardo e Mariante (aliás, até hoje se fala nisso!). O Sindicato Rural propôs a substituição das bombas a diesel por motores elétricos para bombeamento de água nas lavouras de arroz. Mas não havia redes elétricas disponíveis.
O setor fumageiro solicitou a volta da Maria-Fumaça, o trem que fazia a ligação entre Santa Cruz e Rio Pardo, com conexões com o resto do Brasil. Com a medida, seria possível trazer carvão mineral para as caldeiras das empresas que usavam diesel. A Afubra recomendou aprofundar os estudos para o uso da energia solar na secagem do fumo.
O mecânico Arlindo Iser anunciou que convertia motores a gasolina para álcool. E a empresa A. Caspary S/A revelou que poderia retomar a fabricação de gasogênio, tecnologia que desenvolveu durante a 2ª Guerra Mundial.
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Por outro lado, a crise aumentou a venda de motos e quem desejava investir no veículo precisava entrar em listas de espera. Na virada para a década de 80, o equilíbrio no preços voltou e as ideias mais radicais foram deixadas de lado. Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul
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