O último dos seis indiciados pela Delegacia de Polícia (DP) de Vera Cruz como envolvidos no homicídio do montador de móveis Maicon Natan Gonçalves Marques, de 32 anos, na noite de 8 de novembro de 2022, se apresentou à polícia. Carlos Rech, de 48 anos, apontado como um dos mandantes do assassinato, compareceu ao final da manhã desta quarta-feira, 25, no Presídio Estadual de Candelária, para cumprir a prisão preventiva.
Ele é ex-padrasto de Tamara Cristina da Silva, 26 anos, que era esposa de Maicon e confessou o envolvimento como mentora intelectual do homicídio. Ela, que se apresentou à polícia no dia 5 de dezembro após tornar-se foragida, cumpre prisão preventiva no Presídio Estadual Feminino de Rio Pardo. Rech havia sido condenado por ter estuprado Tamara ainda quando ela era adolescente, com 16 anos.
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Recentemente, ele cumpria pena restritiva de liberdade, por meio de monitoramento por tornozeleira eletrônica, em virtude desse delito. Contudo, ele fugiu quando os agentes da DP de Vera Cruz foram buscá-lo em Linha Passa Sete, interior de Candelária, para prestar depoimento, no dia 30 de novembro, e não foi mais encontrado. Na ocasião, os policiais apreenderam uma espingarda furtada na propriedade. Na mesma tarde, o homem de 48 anos rompeu a tornozeleira eletrônica e entrou na condição de foragido da Justiça por quase dois meses, até se apresentar nesta quarta.
Para a Polícia Civil, Tamara e o ex-padrasto dela, Carlos Rech, de 48 anos, teriam sido os mandantes do assassinato. O caso complexo revela que a autora teria usado o ex-padrasto para assassinar o companheiro, pois teria descoberto traições da vítima ao acessar mensagens no direct do Instagram de Maicon.
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Audiência mês que vem
Dos seis indiciados, quatro estiveram envolvidos diretamente no homicídio. Além de Tamara e Carlos, um homem de 26 anos, amigo de infância da mulher, que intermediou a negociação da morte por R$ 1 mil, e outro de 31 anos, que assassinou Maicon a tiros perto do trevo de Ferraz, após chamá-lo para um suposto trabalho, foram presos em Vera Cruz durante a Operação Quinto Mandamento, deflagrada pela Polícia Civil em 24 de novembro.
Esses quatro vão responder por homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de paga ou promessa de recompensa e motivo torpe; meio cruel; e emboscada, dissimulação ou outro recurso que impossibilita a defesa da vítima. O autor dos disparos, de 31 anos, ainda vai responder por furto, pois subtraiu moto, furadeira, parafusadeira e documentos pessoais de Maicon, após assassiná-lo.
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Outro rapaz, de 28 anos, que adquiriu a motocicleta Honda CBX 200 Strada preta de Maicon, roubada no dia do homicídio, por ora, responde em liberdade por receptação. Um sexto rapaz, este de 22 anos, também irá responder em liberdade por receptação, por ter recebido a moto de Maicon vendida pelo indivíduo de 28 anos. O inquérito policial foi concluído pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho em 3 de dezembro e o caso já está em andamento na esfera judiciária. Uma audiência de instrução entre as partes foi marcada para o mês que vem.
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