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Meirelles: País precisa enfrentar ajustes para garantir direitos dos cidadãos

Durante encontro com sindicalistas em São Paulo no qual apresentou a proposta de reforma da Previdência, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira, 6, que a recuperação da economia e dos empregos depende do saneamento das finanças do governo federal.

Ao defender mudanças na aposentadoria, Meirelles citou que a Previdência respondeu por 6 dos 9 pontos porcentuais de crescimento das despesas federais como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) desde 1991. A conclusão, frisou, é que o País precisa enfrentar ajustes para que direitos dos cidadãos sejam garantidos.

Meirelles destacou que, na medida do possível, a equipe econômica buscou elaborar uma reforma justa em meio à “maior crise da história do País”, reafirmando que os direitos adquiridos serão respeitados.

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O ministro responsabilizou os governos anteriores pela crise, construída, “particularmente”, nos últimos seis anos e destacou que a saída da recessão passa pelo reequilíbrio das contas públicas. “Temos que controlar essa evolução (do déficit fiscal) para Brasil voltar a crescer. Isso não é uma questão de opinião. É fato”, disse Meirelles, acrescentando que nada funciona quando as finanças públicas estão desorganizadas. 

Meirelles disse que a equipe econômica se baseou na experiência do mundo inteiro ao redigir a proposta de reforma previdenciária encaminhada ao Congresso Nacional. Meirelles, ao lembrar do aumento da expectativa de vida dos brasileiros, comentou que o Brasil vive a realidade demográfica de países que fizeram mudanças em regras previdenciárias.

Apresentando números sobre essa transformação, ele citou que os brasileiros têm hoje a expectativa de viver 13 anos a mais do que esperava três décadas atrás. Com o aumento da sobrevida – ou seja, os anos vividos após os 60 anos -, o tempo que os brasileiros recebem a aposentadoria, que era de 16 anos em 1980, passou para 22 anos, atualmente, quando a idade média do início da aposentadoria por tempo de contribuição é 54 anos. 

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Essa mudança provocou um rombo nas contas públicas, agravado pela perda de arrecadação, de forma que as despesas no regime geral do sistema previdenciário, já na casa de 8% do PIB, podem alcançar a proporção de 18% até 2060, projetou o ministro da Fazenda, em encontro na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Meirelles reafirmou que países ricos já promoveram reformas radicais da Previdência, mas a proposta, no Brasil, visa a preservar os direitos adquiridos. Segundo o titular da pasta da Fazenda, o déficit no regime geral da Previdência já saltou de R$ 85,8 bilhões para R$ 149 bilhões de 2015 para 2016 e pode continuar avançando, se nada for feito, até alcançar R$ 181 bilhões.

“É mais do que o déficit total da União, que já é altíssimo”, afirmou o ministro, comparando o número com o déficit de R$ 170,5 bilhões estabelecido como meta nas contas primárias do governo federal deste ano.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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