Uma megaoperação foi deflagrada pela Delegacia de Polícia (DP) de Venâncio Aires na manhã desta terça-feira, 25. Mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e sequestro e bloqueio de bens, solicitados pela Polícia Civil e autorizados pelo Poder Judiciário, foram cumpridos por cerca de 60 policiais de todo o Estado. A maioria das ordens judiciais foram concentradas na Capital do Chimarrão.
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No entanto, um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão foram cumpridos por volta das 6h30 em Santa Cruz do Sul, em um imóvel da Rua Papa João XXIII, no Bairro Faxinal Menino Deus. Na residência mora Osni Valdemir de Mello, de 61 anos. Sapo, como ficou conhecido no submundo do crime, é investigado por ser um dos líderes de um grupo criminoso especializado em lavagem de dinheiro.
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Atualmente, Sapo cumpria prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. A ofensiva desta terça-feira foi coordenada pelo delegado Paulo César Schirrmann, que também era o titular da DP de Venâncio Aires em 2012, na investigação histórica que desarticulou no dia 6 de junho daquele ano, em Linha Curitiba, Candelária, um laboratório de refino e ponto de distribuição de drogas para toda a região. O ponto, segundo a Polícia Civil, pertencia a Sapo.
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Na chamada Operação Predadores, deflagrada na época na propriedade rural, foram apreendidos 451 quilos de cocaína, crack e óxi, que estavam enterrados em lavouras. Sapo não foi encontrado. Foragido da Interpol, o investigado, que chegou a ser chamado de “Barão das Drogas” na metade da década passada e tornou-se o homem mais procurado do Estado, foi localizado mais de três anos depois, em 17 de fevereiro de 2016, em um imóvel de Araranguá, Santa Catarina.
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Além de Sapo, na operação desta terça-feira, havia mandados de prisão preventiva em aberto para seus dois filhos: Deivid Andriel de Mello, o Dedê, de 31 anos, que atualmente cumpre pena de 43 anos na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc); e Dieike Andrigo de Mello, de 38 anos, que já foi investigado por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lesão corporal e disparo de arma de fogo, e atualmente estava em liberdade.
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Tráfico como pano de fundo
Bastante volumoso, o inquérito policial referente à operação deflagrada nesta terça-feira estava em análise no Poder Judiciário desde o mês de março. Nos últimos dias, as ordens judiciais, solicitadas pela Polícia Civil, foram autorizadas pela juíza Cristina Margarete Junqueira, da 2ª Vara Judicial da Comarca de Venâncio Aires. Segundo o delegado Paulo César Schirrmann, a operação desta terça-feira pode ser considerada uma sequência da realizada há mais de uma década, em 2012.
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Na atual investigação, Sapo irá responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Embora a ofensiva não tenha como foco o tráfico de drogas, a comercialização de entorpecentes entra como pano de fundo. Conforme Schirrmann, o patrimônio bloqueado proveniente de ações ilícitas pode ultrapassar R$ 50 milhões. “A origem do dinheiro vem da venda de drogas. E são muitos os patrimônios provenientes de origem ilícita, como carros, residências e outros bens”, comentou o titular da DP de Venâncio Aires.
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