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Médicos falam sobre possível volta às aulas presenciais no Estado

O retorno das aulas presenciais diante da pandemia do coronavírus gera muita discussão e debate. O governo estadual recuou na propposta de retorno às salas de aula a partir do final deste mês. Na manhã desta quinta-feira, 27, o pediatra Pedro Prá e o médico Ozório Menezes falaram sobre o assunto em entrevista ao programa Giro Regional da Gazeta FM 98.1.

Conforme Prá, é necessário estudar a situação e planejar o retorno das aulas, com segurança. “É preciso se basear na epidemiologia da doença, no que se conhece do vírus, no que está acontecendo com as crianças, nos prejuízos que as crianças podem ter, nos prejuízos econômicos que podem existir da falta da escola, tem que se tentar fazer uma análise de tudo”, disse.

O pediatra defende que cada município tenha autonomia para definir sobre a volta às aulas. Segundo Prá, os municípios têm suas particularidades, que são diferentes em cada local e região, salientando que uma regra válida para todo o Estado não seria o mais indicado.

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De acordo com Prá, nenhuma campanha de orientação sobre os cuidados que se deve ter no retorno à escola vem sendo desenvolvida. Sobre a vacina para a imunização contra o coronavírus, o médico destacou que possivelmente terão três ou quatro vacinas, mas segundo ele, ainda existem muitas dúvidas sobre a doença e o imunizante deve demorar para chegar ao Brasil, por isso, Prá defende que aos poucos é preciso voltar a este novo normal antes da chegada da vacina.

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“Alunos tem perda no ensinamento e na questão psicológica”, diz Menezes

O médico Ozório Menezes ressaltou que muitos pais querem o retorno das aulas. Ele salientou que os estudantes têm prejuízos no aprendizado e na questão psicológica, deixam de fazer exercícios, conviver com os amigos, em virtude do isolamento.

Menezes enfatizou que muito se fala sobre a “explosão” da Covid-19 com o retorno às salas de aulas, mas segundo ele, isso não está certo e já foi aprendido o suficiente com o vírus. De acordo com o médico, as crianças apresentam a doença de forma leve, transmitem menos e são mais resistentes. Conforme Menezes, a escola funciona como um suporte familiar e a merenda muitas vezes é a refeição mais importante do dia para certos alunos.

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De acordo com o médico, o Governo do Estado precisa evoluir no combate à pandemia. Ozório voltou a defender o tratamento precoce, dizendo que fechar o comércio e não impedir as crianças de frequentarem a escola é um erro.

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