Uma nova terapia na área de medicina nuclear vem sendo utilizada no Centro de Diagnóstico e Intervenção por Imagem (CDII) do Hospital Santa Cruz (HSC) para alívio dos sintomas do câncer de próstata em pacientes com metástases ósseas. O tratamento é usado em pessoas já em terapia que se encontram no estágio mais avançado da doença, quando já não há resposta ao tratamento de primeira linha dessa patologia.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, prevalência que causa grande preocupação entre as instituições e profissionais de saúde. A técnica por meio da medicina nuclear é inovadora porque auxilia no controle da doença em seu estágio terminal. Isso permite obter a estabilidade dos sintomas e melhorar, assim, a qualidade de vida do paciente.
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De acordo com o médico nuclear do CDII, Rômulo Aléscio Tonon, o paciente deve ser encaminhado por um oncologista. Após triagem, são feitos exames para avaliar as condições dele e a indicação da dose. “O tratamento completo é composto de seis aplicações com intervalos de quatro semanas entre as doses”, explica o médico. “Entre cada aplicação ocorrem novos exames e avaliação clínica para controle do tratamento.”
Tonon ressalta, contudo, que não são todos os serviços de medicina nuclear que oferecem a nova terapia. Para isso, é necessário ter uma equipe médica qualificada e autorização junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), que emite uma licença específica para uso e manuseio do medicamento à base de substância radioativa.
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Medicina nuclear é uma especialidade médica que usa radiofármacos e radioisótopos para diagnosticar e tratar doenças. É um método não invasivo que permite a realização de imagens do corpo inteiro (cintilografia), fornecendo informações sobre as funções dos órgãos. Ela também auxilia na detecção precoce de diferentes patologias devido à sua capacidade de identificar alterações funcionais e metabólicas.
É indicada para exames cardíacos, dos ossos e das articulações, avaliação de patologias e função dos rins, para algumas doenças neurológicas e psiquiátricas, do trato gastrointestinal, bem como na avaliação e tratamento de patologias da tireoide, entre outras. Os exames são feitos utilizando-se pequenas doses de radiofármacos, administrados mais comumente por via endovenosa ou oral. Estes concentram-se em determinado órgão ou sistema e propiciam a avaliação da sua fisiopatologia, com capacidade de documentar informações sobre o local estudado. As imagens são captadas por uma gama-câmara, equipamento sensível à radiação.
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O CDII
O CDII do Hospital Santa Cruz completou em março 14 anos de serviços. Realiza em média 10 mil exames e procedimentos por mês. Sua equipe é composta por mais de 70 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos em radiologia, técnicos em enfermagem e auxiliares administrativos.
O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas, e aos sábados, das 7 às 13 horas, com plantão de urgência 24 horas. O contato com a Central de Agendamentos de Exames é pelo telefone (51) 3713 7474.
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