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Saúde

Medicamentos tarja preta: um alerta à população

O Brasil é líder em vendas de medicamentos tarja preta e a capital brasileira que mais consome esse tipo de medicação, conforme pesquisas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é, pasme, a “Cidade Maravilhosa”. Isso mesmo! O Rio de Janeiro. E essa posição no ranking não é à toa: medo, violência, ansiedade…Só que esse “detalhe”, ou o consumo elevado de remédios controlados não é um problema somente de capitais. Em cidades do interior, mais precisamente em Sobradinho, eles só perdem para os anti-contraceptivos e as medicações para dores de cabeça. 

Essa “onda” de: “Vou te receitar um remedinho que vai amenizar os seus problemas” não é de hoje, mas está mais evidente. Esse tipo de medicação só deve ser usada em casos específicos e apenas médicos capacitados, mais precisamente psiquiatras, sabem efetivamente como fazer o manejo de tratamentos com tarjas pretas. 

Para se utilizar de uma  linguagem menos técnica, pode-se dizer que esses medicamentos atuam num neurotransmissor específico – Gaba, depressor do Sistema Nervoso Central, que atenua ou elimina a ansiedade e acalma o corpo de uma forma geral. E quem não quer viver na calmaria? Só que eles cobram um preço bem alto quando utilizados de forma abusiva e sem orientação. Os tarjas pretas apagam o “fogo”, mas a brasa ainda permanece lá, ou seja, os problemas, que são de ordem pessoal e, muitas vezes estão no nível inconsciente, jamais serão sanados por eles. 

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A escalada dos ansiolíticos na lista dos mais vendidos sugere que a população em sofrimento psíquico pode ser maior do que se imagina. Por trás da precariedade do sistema de saúde e do modismo da medicação, existe a crescente incapacidade das pessoas em conviver com um dos sentimentos mais enraizados da psique humana, a ansiedade. Ela está lá desde os primórdios do homem, associada a temores e ameaças indefiníveis. Embora desagradável, é um dos motores da existência. Faz parte da constituição evolutiva. Totalmente diferente dessa ansiedade benigna é a combinação explosiva de urgência, competição e sentimento de exclusão que caracteriza o nosso tempo.

 

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