Em entrevista à jornalista Maria Regina Eichenberg no programa Rede Social da Rádio Gazeta FM 107,9, o doutor em Epidemiologia e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Paulo Petry, reforçou a importância e a necessidade de a população não apenas buscar a imunização contra a Covid-19, mas também completar o esquema vacinal no período correto. A preocupação vem aumentando em razão da variante Delta, que já possui transmissão comunitária – entre pessoas que não viajaram para outros locais ou tiveram contato com viajantes – confirmada no Rio Grande do Sul.
“A vacina é sem dúvida mandatória e a gente recomenda fortemente que as pessoas procurem, não escolham laboratório e se vacinem imediatamente assim que possível”, disse o especialista. Ele lembrou que a exemplo do ocorrido em março e abril com a variante Gama (também chamada de P.1 ou variante de Manaus), a Delta pode ocasionar um novo aumento de casos. Uma pesquisa recente do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos mostrou que os não vacinados têm duas vezes mais chances de contrair o vírus, e correspondem a 99% dos óbitos naquele país.
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“Os medicamentos salvam pessoas, mas as vacinas salvam as populações. Então nós temos que acelerar e agilizar a vacinação, e aqui vale um elogio para os profissionais do SUS, que fazem a vacinação de forma muito eficiente”, comentou Petry. Ele destacou que o Rio Grande do Sul é um dos Estados que mais aplica vacinas desde o início da campanha, em janeiro deste ano. Ainda assim, é preciso continuar se cuidando. “Por enquanto, lamentavelmente, que se mantenha todos aqueles cuidados que eu reconheço, já estamos cansados, mas eles ainda são necessários. Especialmente agora, em função dessa nova variante.”
Ao comentar sobre a chance de ocorrer uma nova onda de infecções pela Covid-19, Petry ressaltou que isso é possível, e inclusive ocorreu em países que estão com a vacinação mais avançada que o Brasil. Por isso a importância de continuar com os cuidados até que toda a população esteja completamente imunizada. Ainda na esteira das vacinas, o especialista alertou também para a possibilidade de que novas variantes sejam mais resistentes aos imunizantes.
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