Diante dos problemas que estudantes que optaram pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) estão enfrentando para aditar o financiamento ou fazer novos contratos, o Ministério da Educação vai avaliar as planilhas de reajuste de crédito das instituições privadas. Nesta semana, o pró-reitor de Administração da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Jaime Laufer, esteve em Brasília com outros representantes das instituições comunitárias de ensino superior do País para discutir sobre a situação.
Uma das questões que aflige os alunos é a possibilidade de ter que arcar com o pagamento da diferença do reajuste nas mensalidades e do percentual que foi limitado pelo MEC – de 6,41%. A cobrança, em princípio, não deve ocorrer. “Também acho estranho ter que cobrar dos estudantes uma parte do financiamento e o restante por fora. Por enquanto, o MEC nos prometeu avaliar as justificativas de aumento, mas não deu um prazo para resposta”, explicou Laufer. Para isso, a Associação Brasileira de Universidades Comunitárias (Abrusc) protocolou o documento junto ao Ministério da Educação.
De acordo com Laufer, os aditamentos e os novos contratos estão sendo realizados à medida que o sistema permite. Centenas de contratos foram finalizados, mas outros ainda aguardam pela validação dos universitários. As dificuldades que ocorrem são devido à fragilidade do sistema on-line do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e ao aumento do número de créditos solicitados pelos universitários. Com o grande número de acessos simultâneos, a página acaba saindo do ar e os alunos não conseguem concluir os processos. Além disso, para quem vai fazer o aditamento e pretende cursar mais disciplinas que o semestre anterior, o sistema aponta erro e não conclui a renovação.
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“Na reunião explicamos que aumentar o número de créditos ao longo do curso é um procedimento normal em todas as universidades. Até então, o MEC não sabia disso e tinha como lógica que o aluno faria sempre o mesmo número de créditos. Em outros semestres, os alunos apenas justificavam o pedido de mais créditos e, em poucas horas, o sistema liberava. Porém, agora, como faltam recursos para o governo, o MEC trava a operação”, disse o pró-reitor.
Durante o encontro, o FNDE também anunciou que em breve irá modificar o sistema on-line, limitando o acesso simultâneo para que os estudantes possam iniciar e concluir seus processos. A medida vai evitar que o sistema fique instável e bloqueie a sequência de etapas. Outra promessa da autarquia é de que o prazo normal para aditamento, que termina no dia 30 de abril, possa ser prorrogado se for necessário.
Orientação
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A Unisc divulgou nota na tarde dessa sexta-feira orientando que os estudantes continuem acessando o sistema SisFies para solicitar o aditamento ou um novo contrato. “É importante ressaltar que, apesar de não termos nenhuma gerência sobre a operação do sistema na internet, temos sido solidários com os alunos, defendendo o bom andamento do Programa. Estamos participando das reuniões com o governo, mas até o momento não obtivemos respostas concretas sobre critérios, prazos e justificativas para as mudanças que estão sendo impostas”, informou o pró-reitor.
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