O MDB está desembarcando do governo de Santa Cruz do Sul. Uma carta foi entregue no meio da manhã desta quarta-feira, 13, no gabinete do prefeito Telmo Kirst (PP) por líderes do partido. Cinco emedebistas que ocupam cargos de segundo e terceiro escalões na administração estão colocando as vagas à disposição do prefeito. Telmo ainda não comentou o assunto.
Oficialmente o MDB ainda não comentou o assunto, mas lideranças confirmam a decisão. O estopim foi o desalinho dos últimos dias entre o Palacinho e o vereador Alex Knak, que é um dos líderes do partido na cidade. Knak havia apresentado e a Câmara aprovado um projeto de lei prevendo até 35% de desconto no IPTU de quem tem geração de energia solar ou cisterna em casa. A matéria foi vetada pelo prefeito, alegando inconstitucionalidade, e os vereadores acolheram o veto de Telmo na semana passada. Alex ainda obteve apoio dos dois vereadores do partido de Telmo (Edmar Hermany e Hildo Ney Caspary) e de Bruno Faller (PDT), mas não foi suficiente para derrubar o veto. O emedebista ficou furioso com o resultado e fez duras críticas a aliados de Telmo.
No fim de semana o prefeito comentou o assunto e jogou ainda mais lenha na fogueira. Disse que Alex tem problemas políticos. “A política que condiz com ele é aquela de mamar nas tetas do governo e depois se voltar contra”, disparou Telmo na segunda-feira. O prefeito ainda lembrou que em 2012 o emedebista não conseguiu se eleger vereador e, no ano seguinte, ganhou cargo de destaque no governo.
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Por trás da briga do Palacinho com o MDB, que deve se alastrar para outros partidos em breve, está o início das articulações para a eleição do ano que vem. Alex Knak não esconde que fará de tudo para concorrer a prefeito. Até o ano passado ele ainda sonhava com o apoio do Telmo, mas a relação azedou e agora acabaram virando adversários. Outro que pretende concorrer em 2020 é Henrique Hermany, presidente do partido de Telmo. Ele era secretário municipal de Segurança e pediu demissão há dez dias.
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