Nunca uma insistência foi tão comemorada como a do lutador santa-cruzense Maurício “Big” Castilho. Depois de quatro tentativas, incluindo dois vices e dois terceiros lugares, ele sagrou-se campeão mundial de muay thai no final de março último, na Tailândia, ao vencer o russo Shalop Vyacheslav na categoria peso pesado. A estada no país asiático, que era para ser de 30 dias, transformou-se em pouco mais de dois meses. Durante esse período, Big ainda derrotou outro russo, Ilia Rodinov, dessa vez em um evento profissional da modalidade.
“Esse foi o ponto alto da minha carreira, um momento único, uma experiência gratificante demais. Fui com duas semanas de antecedência para Bang-kok. Eu estava muito focado e, graças a Deus, consegui trazer o título”, frisou o lutador, obstinado em conquistar o cinturão desde 2013. “Tinha certeza que este seria o meu ano, nada iria me impedir. Na preparação física aqui em Santa Cruz, eu deixei um pouco a desejar, mas em compensação estava com foco total nessa luta. Quando fui para a Tailândia, fiz valer (os treinamentos) por dois meses. Muitas vezes me falaram: ‘Big, tu perdeu quatro anos’. E eu respondia: ‘Não, eu me preparei quatro anos para ter essa conquista, me motivei em cima de cada vitória, me dediquei cada dia mais e em cada derrota para chegar nesse ponto”, enfatizou.
Segundo Big, a decisão de ficar mais um mês na Tailândia serviu para ampliar conhecimentos. “Depois que ganhei o Mundial, teve aquele alívio da conquista. Mas na manhã seguinte tive a certeza que precisava treinar mais, aperfeiçoar minha técnica. Tive a oportunidade em uma grande academia de Bangkok, com inúmeros atletas profissionais”, ressaltou. “Os treinadores que peguei tinham um conhecimento muito alto. Então, todo o dia que eu estava na academia, pelos treinamentos exaustivos, eram de um grande aprendizado”, completou. No Super Muay Thai, que foi televisionado para toda a Tailândia, Big nocateou Rodinov no terceiro round.
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Meta é conquistar o hexa no Brasileiro
O próximo desafio de Maurício Big Castilho será o Brasileiro de Muay Thai em 17 de junho, no Rio de Janeiro. “O Mundial me serviu como estímulo para trabalhar cada dia mais. Vou em busca do meu sexto título”, salientou o lutador. Ele vai se preparar ainda para representar o Brasil no Pan-Americano, em novembro, na Colômbia.
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“Agora estou nos olhos de todos os outros atletas peso-pesados. Obviamente cria um respeito, mas também eu sou o foco deles. Deixei de ser um simples colega. Eles já almejam ganhar de mim e a minha dedicação terá que ser maior”, projetou Big. Entre os demais compromissos nesta temporada estão dois em Santa Cruz do Sul: a Copa RS de Muay Thai, no dia 12 de agosto, que reunirá mais de 200 atletas, e a Copa dos Campeões, em 4 de novembro.
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