Moradores de Linha do Rio e Linha Quilombo, no interior de Candelária, voltam a reclamar das más condições de conservação da VRS-858, rodovia que dá acesso às localidades. Segundo eles, ao longo dos 14 quilômetros de extensão há grande quantidade de buracos de variados tamanhos e profundidades que dificultam o tráfego de veículos. Além disso, a vegetação no entorno não recebe roçada há muito tempo e a sinalização, tanto vertical como horizontal, quando existe, é precária.
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Em junho do ano passado, a comunidade local chegou a organizar uma manifestação pedindo melhorias no pavimento e nas condições de segurança. Na época, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), órgão responsável pela manutenção da 858, contratou uma empresa terceirizada para realizar operação tapa-buraco, como solução temporária enquanto não era possível fazer a substituição completa do asfalto.
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Segundo Renan de Moura, morador de Linha do Rio e que utiliza a rodovia diariamente, o serviço chegou somente até o quilômetro 10 e foi pouco durável, de modo que os transtornos retornaram em pouco tempo.
“É aquele tapa-buraco básico, fizeram o trecho inicial e o restante ficou. Hoje está igual ou pior se comparado com o ano passado”, afirma Moura. Ele diz que, apesar das diversas solicitações de melhorias, nunca receberam retorno do Daer. Agora, eles buscam apoio entre os políticos e outros líderes de Candelária e região para tentar conseguir uma reunião com o governo do Estado. “Queremos ter algum retorno sobre a recuperação total da VRS-858.”
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Além da precariedade do pavimento e da sinalização, a vegetação está invadindo a pista em muitos pontos devido à falta de roçada. Moura revela que, quando era concessionária da RSC-287, equipes da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) executavam o serviço também na VRS-858. Depois que a concessão passou para a Rota de Santa Maria, contudo, não houve mais intervenções.
A situação torna-se especialmente perigosa ao se considerar que a rodovia não possui acostamento e, nesta época do ano, é intenso o tráfego de caminhões que transportam a produção agrícola ou lenha para as propriedades produtoras de tabaco.
“É um descaso total do Estado com uma estrada que é de sua responsabilidade. Com frequência nós recebemos relatos de veículos danificados”, ressalta. Segundo Moura, há algum tempo ainda era possível desviar dos buracos com manobras pela contramão, mas agora existem tantos que em alguns pontos não há como escapar. O Daer informou que a execução de uma nova operação tapa-buracos está prevista no cronograma da 3ª Superintendência Regional, sediada em Santa Cruz. Contudo, nenhuma data de início foi especificada.
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Entre os pedidos por melhorias enviados ao governo do Estado, no dia 7 de dezembro o deputado Eduardo Loureiro (PDT) encaminhou um documento ao chefe da Casa Civil, Artur Lemos, com solicitação para o Daer tomar providências imediatas para a recuperação da VRS-858. O parlamentar anexou um ofício do vereador Rui Beise (PSB), com registros fotográficos que comprovam a precariedade da estrada. No entanto, nenhuma medida foi tomada, apesar da reivindicação de urgência.
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