Com perdas no setor primário acima de R$ 7,5 milhões por causa da estiagem, o prefeito de Mato Leitão, Carlos Alberto Bohn, assinou nessa terça-feira, 31, o decreto de situação de emergência. Somente na cultura do milho, o prejuízo é calculado em R$ 4,7 milhões.
O agravamento da estiagem foi tema de reunião entre o prefeito Carlos Alberto Bohn; o secretário de Agricultura, João Carlos Machry; o chefe local da Emater/RS-Ascar, Claudiomiro Oliveira, e o coordenador da Defesa Civil, Gilberto Carlos Pfeifer. Desde dezembro, a Prefeitura monitora a situação, inclusive auxiliando agricultores com o transporte de água para abastecer animais.
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A Secretaria de Obras atendeu nas últimas semanas a mais de 20 pedidos para limpeza e ampliação de reservatórios em propriedades de localidades como Arroio Bonito, Sampaio, Santo Antônio e Palanque Pequeno. Os prejuízos no setor primário são registrados nas culturas de milho (grão e silagem), soja, olerícolas e tabaco, além de pastagens, produção de leite e gado de corte.
O relatório elaborado pela Emater e Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente aponta que 469 famílias são afetadas neste momento pela estiagem em Mato Leitão. O decreto de situação de emergência tem validade de 180 dias.
Problemas
- Água: seis associações hídricas são responsáveis pelo abastecimento da população, tanto na cidade como no interior. Por enquanto, a situação segue sem problemas. Há duas semanas, a Prefeitura lançou campanha pedindo atenção da comunidade para o consumo consciente, evitando desperdícios de água.
- Milho: as lavouras plantadas na safra ocupam uma área estimada de 2,5 mil hectares, envolvendo grão e silagem. Estima-se perda de 15%, afetando mais de 447 famílias. Nessa cultura, o prejuízo alcança R$ 4,7 milhões.
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- Soja: a deficiência hídrica deverá determinar perdas futuras com as lavouras na fase de florescimento. Persistindo a estiagem, a previsão é de perdas totais em inúmeras lavouras.
- Leite: com as perdas das pastagens e parte da silagem, a alimentação do rebanho já está comprometida, o que traz custos adicionais aos produtores e quebra de produção futura. As altas temperaturas provocam queda brusca de produção, o que determina perda atual ao redor de 20% e constante por pelo menos 120 dias. Essa quebra atinge atualmente mais de 90% da produção leiteira do município. O prejuízo, neste momento, gira em torno de R$ 1 milhão.
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