Unir as funções de mãe e profissional não é tarefa fácil e implica em passar o tempo equilibrando (e acumulando) funções. O fato é que para grande parte das mulheres, maternidade e vida profissional, muitas vezes, não cabem no mesmo momento e aí é chegada a hora de se afastar, seja por pouco ou muito tempo.
Embora o mercado de trabalho evolua a cada ano, oferecendo inclusive mecanismos para mulheres exercerem harmonicamente ambos os papéis, muitas ainda passam por dificuldades. Foi o que apontou pesquisa realizada pela Catho com 13.161 respondentes. O levantamento concluiu que 28% das mulheres já abriram mão do emprego após a chegada dos filhos, versus 5% dos homens.
Profissionais que já deixaram o mercado de trabalho para cuidar dos filhos (excluindo licença maternidade)
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Feminino Publicidade |
Masculino |
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Percentual Publicidade |
Percentual |
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Sim |
28% Publicidade |
5% |
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Não |
72% Publicidade |
95% |
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Se, com a chegada dos filhos, abrir mão do emprego é uma realidade comum, a retomada ao mercado de trabalho é ainda mais complicada. De acordo com a pesquisa, enquanto a maioria dos homens retomam a carreira em menos de seis meses, o retorno profissional das mulheres é distribuído ao longo dos anos.
Por exemplo, 21% das mulheres levam mais de três anos para retornarem ao trabalho. A mesma situação para os homens acontece em apenas 2% dos casos. “Os dados apontam que os homens quase nunca se afastam do trabalho após a chegada dos filhos. Já as mulheres acabam abrindo mão da vida profissional em prol da maternidade por muito mais tempo, o que dificulta ainda mais a retomada”, explica a gerente de relacionamento com cliente da Catho, Kátia Garcia.
Tempo para retorno ao mercado de trabalho
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Feminino |
Masculino |
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Percentual |
Percentual |
Menos de 6 meses |
13% |
49% |
6 a 12 meses |
25% |
28% |
1 a 2 anos |
18% |
9% |
2 a 3 anos |
10% |
3% |
Mais de 3 anos |
21% |
2% |
Não retornei |
13% |
9% |
Mercado de trabalho para mulheres
Segundo pesquisa da Catho sobre a participação da mulher em cargos de gestão, houve melhora na distribuição feminina entre diferentes cargos, mas as desigualdades permanecem. Conforme a tabela abaixo, em 2011, 54,99% das vagas de encarregado eram destinadas às mulheres; em 2017, esse número saltou para R$ 61,57%. Subindo um pouco, nota-se que em 2011, 22,91% dos cargos de presidente eram ocupados por mulheres; em 2017, esse número passou a ser de 25,85%. E quanto mais o cargo evolui, menor é a presença feminina.