A carreira do massagista santa-cruzense Paulo Cunha ganhou um salto importante em 2020. Há dois meses, ele transferiu-se para os Emirados Árabes Unidos, onde passou a trabalhar na seleção daquele país. Além da equipe principal, auxilia no time de beach soccer e nas categorias de base.
O sonho, que começou nos campos gaúchos e brasileiros, transformou-se em um novo desafio que Paulinho, como é mais conhecido, pretende encarar com alegria e muita serenidade. Na primeira passagem do técnico Beto Campos, já falecido, pelo Avenida, o massagista começou as atividades.
“Sempre me incentivava a fazer cursos, porque estava precário de profissional nessa área. Graças a Deus, sempre tive êxito na minha profissão. O Tiago Oliveira foi quem me colocou no Periquito durante uma conversa na arquibancada”, celebrou. Em 15 anos, foram várias andanças pelo Brasil.
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“Rodei nove estados, trabalhei nas Séries B, C, D, Copa do Nordeste, Copa Verde, Copa do Brasil. Fiz muitas amizades. Deus abriu uma oportunidade para trabalhar fora do Brasil, que é o sonho de todo mundo. Agradeço àqueles que torcem por mim e a minha família, que está sempre do meu lado”, destacou Paulinho.
O convite para fazer as malas surgiu no ano passado, por meio de um amigo que trabalha na Arábia Saudita. “Ele me indicou para trabalhar lá (nos Emirados Árabes). Mandei meu currículo, passou uns dias, me ligaram. Estavam fazendo as Eliminatórias na Tailândia. Em dezembro mudou o presidente, o treinador, então esfriou um pouco. Só que depois voltaram a conversar comigo”, recordou.
“Fiz entrevista com o médico responsável da seleção e o intérprete foi o Edimar (Silva, do Rio de Janeiro), massagista que trabalha lá 25 anos. Ele me ajudou no inglês e em outras coisas que precisei saber. Bem na semana que fiquei de viajar, iriam me mandar a proposta de trabalho, deu a pandemia, parou tudo. Até achei que não iria acontecer mais. Graças a Deus, voltamos a conversar e deu tudo certo”, completou o santa-cruzense, que hoje reside em Dubai.
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A oportunidade única é motivo de plena satisfação para quem sempre desejou um futuro melhor. “Deus deu o dom para trabalharmos com as mãos. Sempre fui honesto em todos os lugares por onde passei. Não me lembro de nenhum outro gaúcho trabalhando de massagista em uma seleção. Muitos não acreditam na gente, mas graças a Deus realizei um sonho. Vou dividir o Departamento Médico com Edimar, que fala fluentemente árabe e inglês. Mas tem outros brasileiros lá”, frisou Paulinho.
Ele fez questão de lembrar outros que também trilharam o seu caminho para cruzar o mundo. “O Jair Câmara e o Alex Klafke também incentivavam a fazer cursos. Outro com quem aprendi muito foi o Armando Desessards (técnico). O Morruga (do futsal) também me ensinou muita coisa. Aprendi um pouco com cada treinador que trabalhei” afirmou o santa-cruzense que, mesmo longe, não abre mão de um velho hábito: o chimarrão. “Está sempre comigo”, brincou o massagista.
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