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Máscara para crianças a partir dos 3 anos

No dia 8 de novembro foi divulgada uma portaria que determina o uso de máscara por todos os alunos a partir dos 3 anos de idade. A medida é válida tanto para escolas públicas quanto para privadas, em todo o Estado. A mudança altera determinação que, até então, permitia a obrigatoriedade da máscara para os jovens com 12 anos ou mais. A nova regra segue portaria federal, vigente desde o ano passado, que dispensa o uso do item de proteção somente no caso de pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, conforme declaração médica.

Como mãe de um menino de quase 4 anos, sei que a medida é praticamente impossível de ser cumprida. Tanto que a escola repassou a orientação e gerou indignação nas mães. Não sou contra o uso de máscaras, vacinação e de itens que garantam a segurança das pessoas, ainda mais do meu filho. Pelo contrário, sei que, apesar de os números estarem baixando, ainda estamos em meio à pandemia e precisamos seguir com os cuidados para que a situação melhore cada vez mais.

Mas, convenhamos, se para nós, adultos, usar máscara já é um pouco inconveniente, imagine para uma criança de 3 anos que ainda não entende bem o que está acontecendo. O meu filho até usa, mas depois de certo tempo quer tirar. Então imaginem uma criança, correndo, brincando no pátio da escola, num calor como foi na semana passada. Certamente as máscaras não vão ficar nos rostos.

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Com tudo o que já passamos, as escolas de Educação Infantil retornaram há mais tempo e só agora vem essa decisão? Antes, quando os casos estavam altos, não se tinha isso, e agora que os casos estão diminuindo as crianças são obrigadas a usar a máscara. Repetindo: não sou contra o uso de máscara, mas acho que neste caso faltou um pouco de bom senso. Quem é mãe ou professor de Educação Infantil vai entender o que estou falando e me dar razão.
No entanto, pode ser que o cenário mude.

Nesta semana, a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) e entidades ligadas à Educação Infantil enviaram solicitação para que o governo do Estado reveja algumas determinações impostas aos alunos com menos de 6 anos de idade. O documento foi elaborado por Fecomércio-RS, Sindicato Intermunicipal dos Estabelecimentos de Educação Infantil do Estado do Rio Grande do Sul (Sindicreches-RS) e Sindicato das Instituições Pré-Escolares Particulares de Caxias do Sul (Sinpré). Os autores do documento relembram a dificuldade de impor o uso do acessório aos pequenos, especialmente aos menores de 3 anos. Com a melhora nos indicadores da pandemia e o avanço na vacinação, as entidades acreditam que os dispositivos devem ser revogados. Será? Vamos aguardar os próximos capítulos.

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