As condições precárias de trechos das principais rodovias da região causam sérios prejuízos, não só para os veículos e caminhões. O problema vai além dos bens materiais, afetando também a economia dos municípios e o desenvolvimento de toda a região. O escoamento da safra dos municípios até o Porto de Rio Grande acaba prejudicado, visto que caminhões e carretas sofrem com os altos custos de transporte e manutenção.
Com caminhões rodando o Brasil inteiro, o sócio-proprietário da Transportes Mähler, Carlos Mähler, aponta diversos fatores que complicam o trabalho de transporte de cargas, tais como o aumento no tempo de viagem em decorrência das más condições das estradas. “Os motoristas são obrigados a desviar de buracos e diminuir velocidade. E, para evitar alguns buracos, o risco de causar um acidente é grande”, avalia.
Para o presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Serviços de Sobradinho (Caciss), Iboré Trindade, rodovias em más condições acabam prejudicando não só a região pela qual ela passa, mas também as áreas próximas. “Soluções paliativas não adiantam mais. Essas operações tapa-buracos resolvem por duas semanas e depois já ficam como estavam antes”, lamentou.
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A ERS–400, que corta a região Centro-Serra, é um exemplo, segundo Trindade. Para ele, Santa Cruz também acaba prejudicada pelas péssimas condições de trafegabilidade da via. “Muitas vezes deixamos de ir até Santa Cruz por causa disso. Assim como muitas pessoas deixam de vir até aqui. Elas evitam utilizar essa via. Isso está nos prejudicando muito”, explicou Trindade, que passará o cargo para Roberto Nunes, eleito ano passado.
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