A senadora Marta Suplicy (PT-SP) voltou a criticar o governo Dilma Rousseff e a condução feita pela presidente da política econômica. Em artigo publicado na Folha de S.Paulo desta terça-feira, 27, intitulado “O diretor sumiu”, a ex-ministra diz que hoje o país vive crises econômica, política, moral, ética, hídrica, energética e institucional por ausência de transparência, confiança e credibilidade.
“Se tivesse havido transparência na condução da economia no governo Dilma, dificilmente a presidente teria aprofundado os erros que nos trouxeram a esta situação de descalabro. Não estaríamos agora tendo de viver o aumento desmedido das tarifas, a volta do desemprego, a diminuição de direitos trabalhistas, a inflação, o aumento consecutivo dos juros, a falta de investimentos e o aumento de impostos, fazendo a vaca engasgar de tanto tossir”, afirma.
A senadora, que foi ministra da Cultura no primeiro governo Dilma, criticou a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, “nome que agrada ao mercado e à oposição, sem explicar o porquê da escolha”. “Se tudo ia bem, era necessário alguém para implementar ajustes e medidas tão duras e negadas na campanha? Nenhuma explicação.” Diz ainda que a realidade “não é nada rósea” como foi dito durante a campanha eleitoral, e que não há clareza sobre o que pensa a presidente. “Ela logo desautoriza a primeira fala de um membro da equipe”, diz, sobre o episódio em que a presidente fez circular nota corrigindo o ministro Nelson Barbosa (Planejamento), negando que haverá mudança na regra de reajuste do salário mínimo.
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As críticas também atingem o PT. Segundo Marta, o partido “embarcou no circo de malabarismos econômicos, prometeu, durante a campanha, um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação para o país, mas agora está atarantado sob sérias denúncias de corrupção”. Segundo ela, o país vive um “estado de total ausência de transparência, absoluta incoerência entre a fala e o fazer, o que leva à falta de credibilidade e confiança”, abalando o mercado, que não investe. E termina o artigo afirmando que “o diretor sumiu”. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) usou o Twitter para contestar o artigo de Marta, o qual classificou como “inaceitável”. Segundo ele, o artigo não traduz o sentimento dos petistas nem do povo brasileiro.
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