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ENTREVISTA

Marta Nunes defende gestão compartilhada no município

Em sua primeira disputa, Marta Nunes apontou planos do partido em diferentes eixos

A Rádio Gazeta FM 107,9 iniciou nessa segunda-feira, 9, a série de entrevistas com os candidatos a vice nas quatro chapas que disputam o Palacinho. Por ordem de sorteio, Marta Nunes (PT) foi a primeira a conversar com o jornalista Ronaldo Falkenback, e defendeu a instituição de uma gestão compartilhada em diferentes segmentos.

Professora, nascida na periferia, ela destaca a sua atuação à frente do Clube União – atualmente está afastada da presidência, devido à eleição –, além de participação em iniciativas como o Conselho Municipal de Cultura, o Comitê Cultura Vive. Marta também ressaltou o fato de ser professora-adjunta da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e sua adoração pela química, além do fato de trabalhar na formação de professores do Ensino Básico.

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A candidata recordou fatos que seriam desestimulantes e ocorrem com muitas pessoas. “Um aluno negro na escola, a única maneira de se destacar é com notas altas. No Ensino Médio, tirava as notas mais altas e achavam que eu tinha colado; tinha uma Marta loira e acabavam colocando minhas notas na grade dela e as dela na minha”, contou. Sobre a participação na política, diz entender que todos fazem, de alguma forma, política diariamente. “Quando dizem que não se interessam, estão fazendo, porque estão abrindo mão para que alguém escolha por elas.”

Essa é a primeira vez que disputa um cargo eletivo. Ela era filiada ao PT, desfiliou-se por um tempo e voltou neste ano. Colocou-se à disposição para participar como integrante da nominata da Câmara ou conforme o partido entendesse melhor, sendo indicada como candidata a vice.

O que ela disse

  • PAPEL COMO VICE
    “Todas as questões relacionadas à majoritária têm sido feitas em conjunto. Acredito que nossa gestão será compartilhada.”
  • FOCO DO PLANO DE GOVERNO
    “São seis pontos que estão interligados no plano de governo. Tem a questão das mudanças climáticas, que o João [Pedro Schmidt] já vinha de um estudo, e eu também com trabalho em química ambiental. Esse é um dos pontos, mas os outros vêm junto. Um que acreditamos que vai ter um respaldo muito legal é o transporte gratuito, que já existe em cem cidades brasileiras com gestão de direita e de esquerda. Será uma revolução. Imagine que em uma família em que duas, três pessoas pagam o transporte, pode gerar uma economia de R$ 1.000,00, que pode ser usado para lazer, melhoria da casa, comprar no mercadinho do bairro.”
  • ÔNIBUS GRATUITO
    “Vamos vincular a vinda desse recurso à privatização do autódromo, que tem investimento há vários anos, com retorno de 10% do que foi investido; a questão de multas municipais; recursos externos, já que mobilidade é necessidade básica. Pode ser difícil, mas não é impossível. O recurso do estacionamento também pode ser para esse fim.”
  • EDUCAÇÃO
    “Vejo como forma de transformar o mundo. Durante 50% da minha vida, morei na periferia. Pretendo colocar minha energia nessa demanda, que é a educacional, em todos os sentidos. A estrutura educacional é boa, mas existem lacunas. Senão não teríamos os resultados discrepantes que aparecem no Ideb. Se temos condições de que uma escola municipal chegue a um Ideb de 7,2, que é um dos maiores, aquela que ficou com 5 precisa ter condições de chegar lá. Temos que pensar na situação dos alunos, dos professores, fazer um trabalho coordenado para melhorar a educação do município. Tenho certeza de que o índice menor não tem a ver com os professores. O que falta é a Secretaria de Educação ter um setor que trabalhe com essas iniciativas. O que falta: olhar apurado, busca de estratégias para melhorar a educação.”
  • CULTURA
    “Venho circulando há bastante tempo nessa área. Ressalto ponto positivo da administração atual, que foi a instalação da Secretaria de Cultura, que antes não existia. Santa Cruz tem um fundo de cultura que não recebe recursos municipais. Esse fundo é de gestão compartilhada, junto com o conselho de cultura. Quando não mantém o fundo, quando não atende o plano municipal de cultura, está negligenciando o papel da gestão na cultura. O que acontece de cultura em Santa Cruz tem a ver com recursos federais.”
  • ESPAÇO MULTIUSO
    “Durante o governo Bolsonaro, tivemos a extinção do Ministério da Cultura, que voltou com o Lula, que nos abre um espaço para buscar recursos. A gente não tem teatro, um espaço multicultural público, como em vários municípios, com gestão do poder público. A cultura pode ser pensada como desenvolvimento humano, como trabalho e geração de renda, que pode possibilitar a busca em outros setores do governo federal.

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