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Marli Silveira lançará livro em sarau do grupo Leia Mulheres

Escritora santa-cruzense lançará a sua nova obra na tarde deste sábado, no Vivento

O Sarau Toda Poesia, uma iniciativa do grupo Leia Mulheres Santa Cruz do Sul, servirá de ambiente para o lançamento, na tarde deste sábado, do novo livro da escritora e professora Marli Silveira, Psicacogia da experiência estética: o sublime existencial. Ela foi a homenageada da 35ª Feira do Livro de Santa Cruz deste ano, e previa sessão de autógrafos dessa obra na programação do evento. Como ele foi cancelado em razão da enchente, a autora fixou essa nova data para o compartilhamento com o público.

A atividade ocorrerá no Vivento Food & Drinks, na Rua Boa Esperança, 364, e será coordenada por Ana Luiza Martins, Luana Ciecelski e Rosiana Kist, responsáveis pelo Leia Mulheres. O sarau vai começar às 16 horas, e exemplares do livro poderão ser adquiridos no local por R$ 60,00. O volume de160 páginas chega com selo das editoras paulistas República do Livro e Discurso Editorial.

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Já o Sarau Toda Poesia envolverá artistas convidados, amigos, leitores, grupos e coletivos de leitura, grupos de pesquisa vinculados a leitura e literatura, entre outros. Em paralelo, haverá mais uma etapa do projeto Renovando Histórias.

Conforme as organizadoras, o sarau nasceu do compromisso humano e artístico de compartilhar possibilidades e horizontes, apesar da dor e do sofrimento causado pelas enchentes que afetaram milhares de pessoas e famílias no Estado. “A arte pode implicar de sentido as relações humanas, circunscrevendo uma horizontalidade carregada de outros e compromissos compartilhados. Talvez seja a arte o lugar mais seguro para se pautar a vida e as demoras que ocasionam o cultivo dos encontros, das proximidades e das relações afetivas”, reflete Marli Silveira, que integra a Academia de Letras de Santa Cruz do Sul e a Academia Rio-grandense de Letras.

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Sobre os momentos vividos em sociedade, Marli cita Saramago e seu romance Ensaio sobre a cegueira. “Em uma primeira implicação, ver e reparar, demorar-se, fazer a experiência, deixar-se tocar. Quem não se demora, não tem experiência. Segunda implicação, para mim a mais importante: de que a cegueira consiste em não se ver possibilidades”, frisa. “Quando atiramos a vista ao longe, devemos enxergar caminhos, perspectivas. Caso não enxerguemos, é porque nos tornamos cegos. Como o menino Diego, de Eduardo Galeano, que, ao se deparar com a imensidão de mar, pediu ‘pai, me ajuda a olhar’”. 

Para Marli Silveira, o sarau Toda Poesia será um momento para dividir fragilidades e acalmar dores, e, de modo muito especial, “cantar alternativas sonhadas no e para o coletivo”.

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