Foi, no mínimo, frustrante o empate do Brasil com a modestíssima Costa Rica. Era praticamente ataque contra a defesa, mas o Brasil exagerou nas jogadas por dentro, tabelas onde não havia espaços e pecou nas finalizações. Nossos meias e atacantes se preocupam em jogar para a torcida, exagerando nas jogadas individuais, com pouca efetividade. Dorival Júnior também errou ao demorar para tirar um volante, diante de um time que não tinha nem a pretensão do contra-ataque. Começo ruim da nossa Seleção, que vive uma fase de muitas dúvidas.
Fui ao Eucaliptos no domingo e vi, das arquibancadas, uma vitória tranquila do Avenida, superior durante todo o jogo ao decepcionante Brasil de Pelotas. Sem centroavante, por uma questão física, o Periquito foi agressivo com e sem a bola, um time rápido e de movimentação. Que possa ter hoje à noite, contra o Novo Hamburgo, um desempenho semelhante, com o mesmo resultado: uma nova vitória.
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Grêmio e Internacional construíram suas histórias, seus títulos e suas torcidas baseados na sadia rivalidade que se orgulham de fomentar mundo afora. Reconheço que o sucesso ou o fracasso mexem com ambos e a busca pela superação ao rival os fez chegar até aqui, com vários títulos brasileiros, Libertadores e Mundiais para o RS. Esse é o lado positivo.
Mas infelizmente foi criada, nas entrelinhas do futebol, uma espécie de “troféu”, que é sempre o de ganhar o clássico, não importando o resto. O torcedor se alimenta disso também, mas para ser campeão brasileiro é preciso ter essa motivação contra todos os adversários. Essa taça é o lado negativo.
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