Muitos leitores fizeram comentários, após a eleição de outubro, sobre os resultados e quais seriam os motivos para as conquistas e derrotas. É muito difícil falar de forma assertiva e conclusiva acerca de algo tão subjetivo, mas se torna muito evidente que a adoção de medidas, que casam técnica com política, pode influenciar no processo eleitoral.

Um bom exemplo disso é o desempenho do prefeito de Vera Cruz, Gilson Becker (PSB), que conseguiu colocar no mesmo lado adversários políticos históricos com uma finalidade: a chapa única. O feito, por si só, já seria um marco a ser estudado por cientistas, sobretudo quando vivemos em um momento de tamanha polarização em tudo.

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Os mais incrédulos podem ter pensado: após ganhar a eleição terá um grande problema, porque deverá estruturar um tabuleiro de xadrez para agradar a todos os apoiadores. Pois o evento de anúncio do secretariado para a gestão 2025/2028 mostrou que é possível fazer um governo de coalizão sem a necessidade de distribuir agrados.

Apresentou nomes de quem conhece a área que assumirá, profissionais de carreira que já estão cientes dos desafios. Além disso, e o mais importante, manteve em seis secretarias, dando continuidade à forma austera de administrar. Tem, junto, a assinatura de Ângelo Hoff (Republicanos), que assumirá como vice-prefeito com esse mesmo conceito.

Orçamento pode atrasar

O deputado federal Heitor Schuch (PSB) realizou o seu tradicional encontro de fim de ano com a imprensa, nessa sexta-feira, 6. Foi uma oportunidade para fazer balanço e projetar o próximo período. Adiantou que o orçamento da União deve ser votado somente em 2025. Isso, devido ao debate sobre o pacote dos cortes de gastos anunciado pelo ministro Haddad. De um lado, o mercado pede os ajustes e que sejam ainda maiores; do outro, prefeitos que precisam reconstruir pontes, refazer estradas, não podem deixar seus municípios pararem.

A Justiça Eleitoral ativa

Nesta semana foi noticiada a ação do Ministério Público Eleitoral em relação à possível candidatura “fictícia” do PDT, em Santa Cruz do Sul, e do PP, em Gramado Xavier. O indicativo é de que mulheres teriam colocado o nome à disposição, mas sem participar efetivamente da campanha, como forma de atender à legislação da cota de gênero e, por conseguinte, garantir um número maior de homens candidatos. A comprovação pode resultar na cassação de todos os votos do partido, mudando as composições dos Legislativos. Serve de alerta de que a legislação eleitoral deve ser observada nos mínimos detalhes.

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