Na matéria publicada na sexta-feira sobre o número de candidaturas na eleição majoritária em 16 municípios do Vale do Rio Pardo, constaram duas chapas para disputa pela Prefeitura de Candelária. Há, no entanto, uma terceira dupla. Paulo Butzge e Alan Wagner concorrem a prefeito e vice, respectivamente, em chapa pura pelo PSB. Contam com apoio do Republicanos.
Uma das questões que merecem a atenção dos partidos e dos cientistas políticos é a quantidade de chapas puras, quando os candidatos a prefeito e vice são do mesmo partido, mesmo que com apoio de outras legendas. Nos 16 municípios avaliados pela Gazeta do Sul são 15 casos: quatro do PP, três do PT, e um do PDT, MDB, Podemos, Republicanos, PL, Novo, União Brasil e PSB.
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Desde que foi aprovada a legislação que define 30% de candidatos de um dos gêneros – o que chamam popularmente de reserva de vagas para mulheres, o assunto tem gerado polêmica. Muitos entendem que não deveria estar em lei a obrigação da participação feminina na política. Outros percebem ser essa ferramenta uma forma de garantir com que elas ocupem, cada vez mais, espaço na sociedade e nas posições com potencial de decidir sobre o presente e o futuro dos cidadãos.
A lei garante isso na proporcional, mas não trata sobre a majoritária, pois seria de difícil cumprimento. Mas, assim, percebe-se o número atendido de candidatas às Câmaras e bem pouco expressivo na busca pelas prefeituras. Um exemplo é o observado nos 16 municípios avaliados pela Gazeta do Sul. Dos 86 candidatos (entre prefeito e vice), apenas 13 são mulheres. Destas, somente duas disputam o cargo máximo; outras 11 concorrem a vice.
Política partidária é igual a um jogo de futebol. Primeiro, ninguém ganha sem ter bons atletas e uma excelente tática – e isso é positivo, não consta nenhuma malícia; depois, é preciso entender que só termina quando o juiz apita o final, no caso da eleição, quando o último voto é digitado na urna; por fim, que o jogador que está em um time hoje pode defender as cores de outro amanhã – e está tudo bem. Faz parte do processo democrático. Mas não deixa de causar estranheza. Exemplo, no futebol, é o técnico Roger Machado, que é referência como gremista e, atualmente, está no Internacional.
Na eleição local, uma situação também causou sensação parecida.
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Podemos e Novo haviam optado por concorrer juntos, tendo Nicole Weber (Podemos) como candidata a prefeita e Francisco Carlos Smidt (Novo) de vice. Por seus motivos, que foram explicados, o Podemos desistiu de apresentar chapa. O Novo, no entanto, manteve Carlão como postulante ao Palacinho. Parecia natural que o apoio do Podemos fosse ao seu “ex-vice”, por aproximação de ideias. Não foi o que aconteceu.
O Podemos anunciou apoio a Sérgio Moraes (PL) e Alex Knak (MDB). Daiton Mergen (Podemos), que deixou a presidência do MDB, agora apoia seu antigo partido. As situações continuam, porque o filho de Carlão busca vaga no Legislativo, mas pelo Podemos. Por óbvio, estará no palanque de Moraes, pois integra a coligação, mas por lógica deve querer a vitória do pai. Mais do que futebol, a política é um jogo de xadrez, só que o ganhador é quem o eleitor considerar o melhor.
A campanha oficial começa no dia 16 de agosto. Pesquisas eleitorais podem ser feitas e tornadas públicas; no entanto, para isso é necessário que sejam registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até as 16 horas de sexta-feira, nenhuma havia sido cadastrada para Santa Cruz do Sul.
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