O caranguejo é um crustáceo que costuma andar para os lados ou para trás. Ainda que existam os que têm o hábito de “caminhar” para frente, são a minoria. E nas adversidades vemos quem tem habilidade para correr como avestruz ou repetir as ações dos caranguejos. O Rio Grande do Sul vive um dos maiores desafios de sua história. É fundamental correr como um guepardo para que sejam atendidas as necessidades da população.
O que se tem visto, porém, é muita ação como a galinha, que põe um ovo e alardeia como se fosse uma dúzia por vez. Ainda assim, todas as medidas anunciadas são importantes e terão sua função para suprir a demanda. O problema é que para toda apresentação de ações governamentais vem uma série de trâmites burocráticos, que inviabilizam a concretização.
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Exemplo é a enchente de setembro, no Vale do Taquari, que teve vários anúncios feitos, com pouquíssima resolutividade. Como disse o presidente Lula, em sua visita ao Estado nesta semana, a burocracia deve ser aplicada quando se trabalha com a normalidade; em casos excepcionais, como esse, ela deve dar lugar à proatividade e ao dinamismo. Haverá quem comente: mas se for mais “solto”, ocorrerão desvios. Para esses casos, existem órgãos como o Ministério Público, o Tribunal de Contas, o Judiciário e, em último caso, a justiça divina, que não há de deixar dormir em paz aqueles que roubam donativos e
recursos que serviriam para reconstruir o Rio Grande do Sul.
As entrevistas do colega Ronaldo Falkenback com os presidentes de partidos políticos, na Rádio Gazeta FM 107,9, têm dado o tom das próximas eleições, em especial no que se refere à busca pelo Palacinho. Nessa semana, falaram os dirigentes do Podemos (Nicole Weber), do PL (Marco Borba) e do PP (Henrique Hermany), que se alfinetaram, além do PT (Célia Zingler). Depois da fala do progressista, rolou até uma manifestação do pré-candidato Sérgio Moraes, devolvendo alfinetadas. Após a “réplica”, Hermany fez a tréplica.
Uma das perguntas feitas aos presidentes dos partidos é sobre a quantidade de interessados em disputar vaga na Câmara de Santa Cruz do Sul. Pelo que dizem, o município é um oásis para a política partidária, porque todas as pesquisas mostram desinteresse dos cidadãos em participar das eleições, mas aqui somente um partido apontou número reduzido de possíveis candidatos. Para o restante há gente suficiente ou até de sobra, como um dirigente que disse ter 40 pré-candidatos. O máximo, de acordo com a legislação, é 18.
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A maior parte dos presidentes adotou a linha mais leve, sem entrar em grandes polêmicas, exceto Podemos, PP e PL, que trocaram farpas. A dirigente do PT, Célia Zingler, no entanto, encarou um assunto que é controverso no mundo político: a possibilidade de aumento do número de vereadores, em Santa Cruz do Sul. Atualmente, são 17, mas, de acordo com a população, pode chegar a 19. Depende de o Legislativo fazer essa ampliação.
Oficialmente, a campanha eleitoral começa somente em agosto. Os preparativos para isso, no entanto, já estão de vento em popa. O PT aproveitou o Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, para plantar árvores no Balneário Panke; o Podemos iniciou os preparativos para os postulantes ao Legislativo; o PL, também – primeiro presencial; depois, seguirá em grupo de WhatsApp.
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