Conversando com a assessoria da deputada Kelly Moraes (PL) nesta semana, este colunista aproveitou a oportunidade e questionou se o nome da parlamentar é cotado para liderar chapa para retornar ao Palacinho. A resposta foi: “O PL terá candidatura ao Executivo de Santa Cruz do Sul. O nome da deputada é uma das possibilidades, mas o partido ainda não decidiu o nome internamente”.
Nomes para a Prefeitura
Além do PL, o que se sabe, de bastidor, é que o Progressistas terá um nome para disputar o Executivo – ao que tudo indica, a busca da reeleição da prefeita Helena Hermany (mais a depender dela do que de qualquer outra pessoa). O MDB também aparece, sem que se descarte alguma coligação, a princípio com outras siglas que não o PP. De PSDB, PSB, União Brasil e Podemos já se ouviu falar em possibilidade de disputar a majoritária, mas ainda são incógnitas. Os tucanos e os representantes do União e do PSB integram o governo atual e sonham com a chance de colocar vice do PP – apresentaram nomes para isso, inclusive, mas muito depende da situação do atual, Elstor Desbessell, mais próximo do pleito.
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Petebistas flertam com o PL
Em Santa Cruz do Sul, antes mesmo de o PTB unir-se ao Patriotas, formando o PRD, muitos petebistas haviam mudado para o PL, seguindo a linha do ex-presidente Jair Bolsonaro. Um dos exemplos é a família Moraes, que tem três detentores de cargos eletivos: Kelly (deputada estadual), Marcelo (deputado federal) e Serginho (vereador). Os dois primeiros e Sérgio (pai) já estão entre os liberais. Tudo indica que o rumo de Serginho seja o mesmo. Mas essa migração não é um fenômeno local. Em muitos outros municípios isso tem ocorrido, reforçando o interesse do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, de aumentar de 339 para mais de 1,5 mil prefeituras no País.
No topo do fundão eleitoral
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A possibilidade de um aumento expressivo no número de prefeituras para o PL não é algo tão distante. O partido terá muito dinheiro para investir durante a campanha eleitoral. A aprovação da ampliação do fundão eleitoral fará com que os liberais contem com mais de R$ 863 milhões para subsidiar os trabalhos de seus candidatos. Atrás vem o PT, com R$ 604 milhões, e o União Brasil, com R$ 517 milhões. Essa informação vai bem além de curiosidade, serve de base para a formação de alianças, pois representa mais verba e mais tempo de mídia para a campanha.
Dos dois lados da polarização
O presidente do PL nacional, Valdemar Costa Neto, já esteve dos dois lados da polarização atual. Foi ele quem indicou o empresário José Alencar para ser vice-presidente na chapa com Lula, em 2002, quando o petista conseguiu a primeira vitória para o Palácio do Planalto. A chapa continuou a mesma, por mais estranha que possa parecer uma união entre PT e PL, garantindo a reeleição, em 2006. Agora, tendo atraído Bolsonaro e seus simpatizantes, pela primeira vez desde a redemocratização, Valdemar Costa Neto e seu PL não integram a linha próxima do governo. Verdade que não tem batido muito forte em Lula e tem garantido votos importantes para a aprovação dos projetos do Planalto. Garante, no entanto, que todos os eleitos pela sigla defendem o bolsonarismo, o que reforça a importância de o partido pagar salários para Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michele. Ambos levam o nome do PL pelo País afora.
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