Colunistas

Marcio Souza: “Não dá para politizar o desastre”

O Rio Grande do Sul chora pelas consequências do maior desastre natural já registrado no Estado. Mais de 400 municípios foram danificados, em partes e alguns até totalmente, com a grande quantidade de chuva, as cheias dos rios, arroios e lagos. São mais de 150 mortos. A situação já é ruim o suficiente. Não precisa ter como acréscimo a ridícula disputa política, que está vivíssima, desde a eleição de 2022.

Ela sempre existiu, mas com o senso comum de que, passado o pleito, cada um ia para seu lado e a “briga” recomeçaria na véspera da próxima disputa. Vergonha dos comentários nas redes sociais, das mentiras distribuídas como se fossem fatos, sem nenhuma averiguação, com o único intuito de prejudicar os prefeitos, o governador ou o presidente.

O que poderia ser esperado agora da sociedade é a união, é o esforço coletivo, como muitos têm atuado, e não a torcida para que alguma promessa não seja cumprida, nem a capacidade de julgar e condenar políticos, que não são do seu agrado. O momento é de salvar vidas, de promover ajuda humanitária e de reconstrução.

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Única via de acesso

O vereador Bruno Faller (PDT) é um dos integrantes da comissão regional em defesa da recuperação da RSC-153. Com propriedade, falou na sessão de segunda-feira sobre a quantidade de vezes que o Vale do Rio Pardo já foi à sede do Daer buscar solução para essa importante via de escoamento da produção. Em vão. Agora a rodovia, transformada em único acesso à região, está gritando por socorro. Desde que foi concluída, no governo Yeda Crusius (PSDB), passando por todos os outros de diferentes partidos, falta a manutenção preventiva.

Em Pantano Grande

O município de Pantano Grande deverá ter este ano mais um confronto entre duas dobradinhas já conhecidas nas eleições municipais. O atual prefeito, Alcides Emílio Paganotto (Mano), que em 2019 concorreu pelo PTB e hoje está no PSDB, não esconde que vai buscar a reeleição, ao lado do vice Paulo Fernando Pires Júnior (PT). Por outro lado, a ex-prefeita Maria Luiza Bertussi Raabe (Isa), com mandatos pelo MDB de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012, é pré-candidata a voltar ao cargo, formando dupla com Cássio Nunes Soares, que foi seu vice neste período e prefeito de 2013 a 2016 e de 2017 a 2020.

Conteúdo do relatório

Assim como todos devem ter interesse em saber o que dizem as 40 mil páginas das investigações do Ministério Público na Operação Controle, gera curiosidade o conteúdo do relatório da comissão de ética da Câmara de Vereadores. Não deve, por enquanto, tornar-se público, pois contém reprodução do material do MP, que está sob sigilo de Justiça. Há o pedido para derrubar esse limitador de divulgação. O advogado Ricardo Breier, que defende Henrique Hermany (PP), já disse que defende o fim do sigilo.

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Erro incorrigível

Uma das medidas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para amenizar a situação e iniciar o processo de reconstrução do Rio Grande do Sul é a suspensão, durante 36 meses, do pagamento da dívida do Estado, sem a ocorrência de juros por esse período.

Dois deputados votaram contra esse benefício de socorro aos gaúchos: Stélio Dener (Republicanos-RR) e Eros Biondini (PL-MG). Ambos, assim que foi tornado público o voto contrário à iniciativa social em prol do Estado, disseram que erraram ao votar. Faltaram sensibilidade, atenção à principal atividade de um deputado (votar) e vergonha.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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