A 37ª Oktoberfest de Santa Cruz do Sul terminou no domingo, 23, com programação ampliada e que será repetida nesse formato. Foram três semanas de diversão, de integração, de valorização da cultura germânica e de fomento à economia. É chegado o momento de avaliar os pontos positivos, ajustar eventuais contratempos e já começar a pensar em 2023. Cedo? Pode ser, mas são tempo e dedicação que poderão permitir ainda melhores resultados.
A manutenção da liderança da comissão organizadora de Roberta Corrêa Pereira parece ter sido o primeiro acerto. Justiça feita com a cidadã, que teve a difícil tarefa de comandar uma festa de união em tempo de distanciamento. A pergunta que ficou em 2021 foi: “como seria a Oktober com a cara de Roberta sem as restrições?” A resposta veio de forma prática: um grande sucesso.
É claro que, com ela, um importante grupo esmerou-se para que esse intento fosse conquistado. E todos merecem a devida reverência. O fato de ter possibilitado acesso gratuito, em determinados horários, é outro ponto positivo. A Festa da Alegria ficou mais democrática. Em época de baixo poder aquisitivo, é uma forma de permitir a pluralidade do público, dando oportunidade para que todos consigam cultuar a tradição dos antepassados.
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E essa condição fica ainda mais importante na terceira semana, período que se aproxima do final do mês, em que o dinheiro já está escasso. A festa não é barata para quem organiza, nem para quem frequenta.
A manutenção de espaços como a área dos cervejeiros, e o incremento de outros, como o lonão da agroindústria familiar, dão o tom da valorização dos empreendedores locais, que pode ser ainda mais fomentado.
Não faltaram opções gastronômicas produzidas por pessoas da região, da mesma forma que foi incrementada a disponibilização para a presença de novidades de outros locais. Incentivo semelhante deve ser dado à Feirasul para incrementar resultados.
No lado artístico-cultural, um dos focos da realização da Oktober, é possível reavaliação. Se por um lado tivemos o retorno dos desfiles temáticos na Rua Marechal Floriano, levando quase 100 mil espectadores em dois domingos seguidos, por outro foi muito comentada a presença pouco expressiva das bandinhas na recepção do público e os parcos horários de circulação dos grupos itinerantes. A propósito, uma versão circulando pelos bairros seria a forma de fazer a Festa da Alegria ir além dos limites de parque, mobilizando toda a comunidade e incutindo o sentimento de pertencimento.
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Na mesma área, as danças típicas também poderiam ter uma atenção especial, com espaço mais centralizado, garantindo, assim, maior fluência de público e demonstrando a valorização para os grupos que tanto se empenham para manter a tradição. O Pavilhão Central é um exemplo de que as pessoas querem as apresentações mais tradicionais, sem prejuízo à contratação dos shows, que atraem expressivo público. Não raro, o espaço ficou pequeno para tamanha empolgação e realização de coreografias.
Em relação às apresentações de artistas de renomes nacionais, mais uma vez um acerto na escolha. Colocaram Santa Cruz como referência estadual, lotaram a Arena e serviram de incremento até para os outros palcos, o que fez com que, nos dias das apresentações, todas as áreas tivessem fluxo expressivo de pessoas.
A avaliação deve ser feita ponto a ponto, mas, de uma forma geral, pode-se dizer que a 37ª edição obteve êxito. Que venha 2023, com a 38ª Oktoberfest!
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