Em reunião dos representantes de chapas que disputam a Prefeitura de Santa Cruz do Sul com a Justiça Eleitoral, ficou definido que não serão realizadas carreatas até o fim da campanha. A iniciativa, que teve a coordenação do juiz André Luís de Moraes Pinto, permitirá uma disputa mais equânime e com menor influência dos mecanismos tradicionais, como a quantidade de veículos ou pessoas que passam. Também muito importante foi a definição sobre a que distância os windbanners devem ser colocados das esquinas. Essas ferramentas de divulgação dos candidatos, que mais atrapalham (incomodam a passagem dos pedestres, a visão dos motoristas e resultam em poluição visual) do que ajudam, estavam perturbando o trânsito e poderiam resultar em acidentes.
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O resultado da primeira pesquisa eleitoral oficial, publicado pela Gazeta do Sul no último fim de semana, serviu de base para as equipes de campanha definirem novas estratégias. Isso vale para todos os quatro candidatos, pois devem intensificar a busca de mais votos entre os eleitores em que não aparecem muito bem, e garantir os que já foram conquistados. Eleitor é como vento – muitos já definiram o seu voto e não mudam, mas outros tantos ainda estão sujeitos a alterações.
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Demorou um pouco, mas apareceu a dupla de líderes brasileiros na campanha de Santa Cruz do Sul. O ex-presidente Bolsonaro e o atual, Lula, ilustram peças de publicidade de candidatos. É a busca pelos dividendos eleitorais da polarização, que divide o Brasil. Ignorando os nomes dos dois, pensando apenas em ideologia (esquerda e direita), são percebidos três alinhados com a direita e um com a esquerda.
Olhando a prestação de contas dos quatro candidatos à Prefeitura de Santa Cruz do Sul, percebe-se uma certa falta de interesse dos diretórios estaduais em apoiar as chapas no município. Somente dois contam com recursos: a atual prefeita, Helena Hermany (PP), recebeu doação do partido de seu vice, PSB. O Progressistas gaúcho, presidido por Covatti Filho, ainda não compareceu. O outro que investe na campanha santa-cruzense é o PT do Rio Grande do Sul, que fez doação para João Pedro Schmidt. Sérgio Moraes (PL) recebeu recursos, em grande quantidade, do PL nacional; e Francisco Carlos Smidt (Novo) declarou doação do Novo nacional.
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O debate dos candidatos a vice-prefeito, promovido pela Rádio Gazeta FM 107,9, mostrou o quão baixa e irresponsável é a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Aqui, assim como lá, houve divergência de ideias, houve acusações, houve até alfinetadas mais agudas, mas ninguém faltou com respeito e as cadeiras permaneceram nos seus lugares. Apenas um pedido de direito de resposta foi solicitado e ainda foi negado.
Algumas situações foram curiosas e motivaram comentários: Fabiano Dupont (PSB) chamou Anette Schiemann (Novo) de Anette Moraes, insinuando que ela estava do lado do candidato Sérgio Moraes; Anette questionou o investimento em estudo sobre inovação, feito pela Prefeitura, sem que tivesse tido consequência; Alex Knak (MDB) respondeu a Marta Nunes (PT) sobre o fato de seu partido apoiar Lula nacionalmente e Bolsonaro em Santa Cruz; Anette, perguntada sobre mobilidade, disse para Marta, em relação à passagem gratuita, que “não existe cafezinho de graça”.
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