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Marcio Souza: “A Oktoberfest é muito mais do que chope”

“Um barril de chope… é muito pouco pra nós.” Assim começam a cantar, antes de iniciar-se a edição da Oktoberfest, e seguem até o último dia. Não há como negar que se trata de um líquido muito consumido durante a Festa da Alegria. E, diga-se de passagem, é muito justo, pois aumenta o pique dos festeiros e faz a diversão crescer de forma exponencial. Mas tudo, é claro, deve ser feito com moderação, sem o exagero nem a mistura com o volante – isso, sim, é perigo constante.

Mas a Oktoberfest vai muito além do chope. Há uma farta comercialização dos mais variados pratos, em especial, os típicos trazidos pelos imigrantes alemães que chegaram no Brasil há 200 anos. Também, além daquela barriguinha companheira do chope, trazem animação, motivação para conversação e servem para presentear aqueles que não puderam acompanhar as atrações da programação.

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Apesar da relevância destes dois itens: chope e gastronomia típica, a Festa da Alegria vai bem mais longe. Estamos falando da movimentação da economia. São hotéis lotados, com gente vindo em ônibus dos mais variados lugares do Estado e até de fora; são sotaques que não estamos acostumados a ouvir, com uma dança que foge das nossas bandinhas, mas que está valendo. O que importa é a diversão.

Enquanto temos hotéis cheios, são carros que atendem por aplicativos e táxis que não param de buscar e levar gente até o parque; é vizinho da estrutura, que loca seu apartamento para receber conhecidos de outros lugares; é a senhora ou o senhor que fazem artesanato e confeccionam as tiaras para as Fridas usarem e ficarem ainda mais lindas; são costureiras que deixam as roupas dos Fritz tão impecáveis, que chega a dar dó de usar.

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A Oktoberfest é garantia de recursos para o Município, é oportunidade de trabalho para milhares de pessoas, é atração turística que coloca Santa Cruz do Sul no mapa do Sul do Brasil, de forma muito presente e notória. Valorizar a programação cultural e artística, tanto a local quanto a dos grandes shows, é reconhecer que se faz um grande evento para todos – é claro que nem todos têm condições de aproveitar muitos momentos, mas é uma proliferação de boas oportunidades, que podem ser aproveitadas.

Então, se como Bruno e Marrone, por algum motivo, dormir na praça, faça questão de avisar que não é vagabundo e improvise com “sou um cara carente” e que está pensando nela. E se não chegar a esse ponto, aproveite ao máximo a festa, lembrando de Ivete Sangalo, fazendo levantar poeira. Parece exagero? Que nada. Outubro volta só no ano que vem. Aproveitemos o de agora, porque “nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia”, cantaram Lulu Santos e Tim Maia.

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Guilherme Bica

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