Proprietário da Trans Express, de Passo do Sobrado, o empresário Márcio Bruxel, de 57 anos, tem o transporte esportivo como uma de suas funções. Conduz delegações com regularidade, como União Corinthians, Cestinha Sesi/Unisc, Avenida, Assoeva e Internacional. Além disso, a empresa atua com transporte escolar, fretamento para universidades e fretamento para agências de turismo. São três décadas proporcionando conforto e segurança aos que contam com os serviços.

Colorado, Márcio firmou uma parceria em 2014 com a Turismo Santa Emília, responsável pelo transporte das delegações do Internacional. “Como somos parceiros e trocamos viagens, faço os deslocamentos do time profissional durante o Campeonato Gaúcho e jogos contra o Juventude no Brasileirão, o que ocorreu nos últimos dois anos”, afirma.

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Em determinados momentos, a empresa presta serviço para adversários do Inter que estão em Porto Alegre e precisam de deslocamento entre aeroporto, hotel e estádio, por exemplo. Márcio afirma que tem responsabilidade pela vida dos passageiros e aponta que nunca foi desrespeitado por algum atleta.

Por gostar de futebol e ter sido jogador de times amadores, Márcio mantém uma amizade com o presidente do Avenida, Jair Eich, há muitos anos. O transporte da delegação do Periquito iniciou em 2009. “Eu trabalho com coisas de que eu gosto, que tenho prazer. Viajo bastante e posso acompanhar os jogos. É uma satisfação muito grande. A gente cria uma relação de amizade com ídolos. É unir o útil ao agradável”, aponta.

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Do elenco atual do Internacional, Márcio cultiva amizades. Edenilson é conhecido dos tempos do juvenil no Guarani-VA. Pedro Henrique ganhava carona para ir até Linha Pinheiral quando jogava no Avenida. Mano Menezes é primo da esposa Rejane e frequenta Passo do Sobrado para visitar a mãe. “Tenho uma relação muito boa com a equipe de segurança do Inter. Viajam comigo na cabine. Nos tornamos amigos”, detalha.

Em determinados momentos, como no CT Parque Gigante ou nos hotéis, Márcio até faz as refeições no mesmo ambiente dos atletas. Um dos momentos marcantes foi o início da temporada atual, quando Andrés D’Alessandro viajou para os jogos fora de casa como forma de despedida dos torcedores no interior. “Ele nunca tinha ido a Bagé. Fazia 14 anos que o Inter não jogava lá. Foi a maior recepção que tivemos. Parou a cidade.”

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O único incidente aconteceu com outro motorista. Em Rio Grande, após a partida contra o São Paulo, a delegação do Avenida foi surpreendida com uma pedra arremessada contra o vidro do ônibus, no deslocamento para o jantar.

Os maiores deslocamentos são feitos com a Assoeva pela Liga Nacional de Futsal (LNF). “Já fomos para Belo Horizonte e Uberlândia, por exemplo. Todos os trajetos são feitos de ônibus. São viagens frequentes. Ainda teremos Tubarão e Marechal Cândido Rondon na primeira fase.” Da mesma forma, Márcio acompanha delegações de fora, como o Minas, que terá jogos da LNF em Carlos Barbosa e Erechim, contra ACBF e Atlântico.

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Com o basquete, o trabalho é semelhante. “Acabei criando uma rede de contatos. Os próprios times indicam a empresa. Quando ocorreu a LDB em Santa Cruz, fizemos diversas viagens com as equipes. Durante um tempo, eu acompanhava a APF aqui de Passo do Sobrado na Série Bronze em dois anos. Então, com isso, temos um leque muito grande”, salienta.

Oportunidades ao acaso acontecem

As oportunidades surgem quando menos se espera. Quando Márcio levava o Internacional para Caxias do Sul no primeiro semestre, conheceu pessoas ao dar uma volta na cidade e acabou acertando uma viagem da delegação cubana para São Paulo com dois ônibus. Eles retornariam a Cuba após a disputa dos Jogos Paralímpicos para surdos. “Saiu um ônibus no sábado e outro no domingo. Eram poucas pessoas, mas queriam conforto. O contato aconteceu porque demos uma volta nos pavilhões do parque da Festa da Uva”, resume.

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Durante muitos anos, Márcio também foi responsável por transportar as soberanas da Oktoberfest em eventos de divulgação. Além disso, trouxe artistas para se apresentarem na festa, como César Menotti & Fabiano, Ivete Sangalo e Cláudia Leitte, que depois o contratou para levar os pais até Gramado, na Serra, em outra oportunidade.

Empresa tem história de três décadas

A Trans Express completa 30 anos em 2023, um a menos do que o município emancipado de Rio Pardo em 1992. No início, Márcio tinha apenas um ônibus. Ao passar a fazer o transporte escolar, adquiriu um segundo coletivo. Em 1998, para atender à demanda crescente de alunos da Unisc, comprou uma Asia Motors Topic. Já em 2004, comprou o terceiro ônibus e também passou a realizar transportes em Vale Verde.

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Em 2005, ele ergueu uma garagem para os veículos. Em 2009, com a compra de um quarto ônibus, passou a atender o Avenida. Em 2013, adquiriu um coletivo de maior qualidade, na cor vermelha, o que resultou na possibilidade de prestar serviços ao Internacional. Já em 2014, construiu um prédio para abrigar o escritório e lojas comerciais.

O ramo está no sangue da família. O avô foi sócio-fundador da Expresso Albatroz, em Santa Cruz do Sul, na qual o pai atuou e Márcio permaneceu por 12 anos, antes de criar a própria empresa. A maior visibilidade ocorreu a partir de 2018, com o ônibus preto totalmente leito, muito procurado por agências de viagens para roteiro no Peru e Argentina, em destinos como Machu Picchu, Ushuaia e San Carlos de Bariloche.

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