O deputado federal santa-cruzense Marcelo Moraes (PL) é coautor do pedido de instalação de CPI na Câmara para investigar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O movimento foi iniciado por outro deputado gaúcho, Marcel Van Hattem (Novo), que ontem anunciou ter conseguido o número mínimo de assinaturas para abrir a comissão. O requerimento é denominado “CPI do Abuso de Autoridade”.

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À coluna, Marcelo disse ter se somado à mobilização porque entende que os tribunais vêm tomando “decisões que interferem diretamente na harmonia entre poderes e na democracia”. Em relação ao STF, citou como exemplos a suspensão da condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, permitindo que o petista disputasse a eleição deste ano; a prisão do deputado Daniel Silveira e as determinações para que os órgãos policiais desobstruíssem as rodovias durante as manifestações pós-eleição. Quanto ao TSE, afirma que o órgão atuou com “dois pesos e duas medidas” durante o pleito presidencial, favorecendo a candidatura de Lula no julgamento de pedidos de respostas.

Para Marcelo, o STF e o TSE estão “a serviço da esquerda” e “defendem o grupo político deles”.

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Deboche

Marcelo também chamou de “deboche” a decisão do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, de multar em R$ 22 milhões por litigância de má-fé a coligação do presidente Jair Bolsonaro após o PL apresentar um pedido de anulação de parte dos votos do segundo turno, sob alegação de mau funcionamento de parte das urnas eletrônicas.

O deputado alegou que a insegurança em relação às urnas “vem de muito tempo”. “O mínimo que ele deveria fazer seria fazer uma análise profunda da eleição. Se nós tivéssemos um STF que trabalhasse dentro das quatro linhas da Constituição, temos elementos de sobra pra anular a eleição”, afirmou.

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