Quando o assunto é ir ao ginecologista, muitas mulheres ainda ficam constrangidas em ter que tirar a roupa na frente do profissional para ser examinada. E, se a situação já é estranha quando a mulher conhece o médico, fica um pouco pior quando a consulta acontece pela primeira vez. Uma pesquisa divulgada Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em parceria com DataFolha, aponta que, pelo menos, 5 milhões de brasileiras não costumam ir ao ginecologista ou obstetra com frequência. Ainda segundo este relatório, 4 milhões, nunca procuraram atendimento com esse tipo de profissional e outras 16 milhões não passam por consulta há mais de um ano.
Para a Dra. Rachel Junqueira Siqueira, ginecologista e obstetra no Rio Branco Centro Médico, em São José dos Campos, os motivos de esses números serem tão alarmantes se devem, em partes, por conta do fator educacional, tanto da parte dos educadores, quanto dos médicos. “Muitas mulheres acham que não precisam ir ao ginecologista por estarem com a saúde em dia. Essa atitude também está relacionada à vergonha que muitas vezes as mulheres sentem, além é claro, da falta de profissionais especializados em determinadas regiões”, explica.
A ida periódica ao ginecologista serve para prevenir e descobrir precocemente qualquer doença, antes que ela se instale ou cause algum incômodo no organismo feminino. “As consultas realizadas entre seis meses e um ano, podem evitar doenças como, câncer do colo do útero, câncer de mama, doenças sexualmente transmissíveis, alterações hormonais, dentre outras”, ressalta a médica. A profissional ainda destaca que nas visitas rotineiras, as mulheres que desejam ficar grávidas podem cuidar da fertilidade e precaver problemas fetais, quando o pré-natal não é realizado adequadamente. A dra. Rachel pontua que ao primeiro sinal de mudança no corpo das meninas, é hora de visitar um ginecologista. “A partir dessa primeira consulta, conseguimos evitar a prevenção de doenças e também uma gravidez precoce”, finaliza.
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