O laudo da marca de suástica feita na barriga de uma jovem de 19 anos em Porto Alegre, no dia 8 deste mês, foi concluída nesta semana pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). Conforme a análise, as lesões foram superficiais, contínuas e uniformes, em região do corpo que seria facilmente acessível pela vítima, o que sugere que ela poderia ter feito os cortes. O nome da mulher não foi divulgado.
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Outras possibilidades são de que a marca tenha sido feita com o consentimento da jovem ou de forma contrária, mas sem a reação dela. A polícia, porém, continua a investigação para comprovar a suposta autoria e para confirmar se a marca se trata de uma suástica ou de um símbolo budista.
O IGP verificou, além da marca, se a jovem tinha tido outros ferimentos, se houve asfixia ou uso de substância tóxica, se a vítima ficou incapaz de realizar ocupações habituais, se houve risco de vida e se ficou incapaz para o trabalho. A jovem não quis prosseguir com o exame de corpo de delito para verificar outras possíveis evidências. Não havia mais elementos que indicassem um embate corporal, como hematomas ou demais marcas.
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“Pode-se concluir que as lesões tenham sido produzidas cautelosamente, de modo a não causarem dano às camadas profundas da derme, provocando alterações que são apenas superficiais. Não seria esperado produzirem-se lesões como estas, com as características das que foram evidenciadas neste exame de corpo de delito, por um agressor que agisse de forma tempestuosa e demasiadamente rápida, como se esperaria que fosse o caso em situações de agressões furtivas e em ambientes adversos”, diz um trecho do laudo divulgado à imprensa da Capital.
Em relato à polícia, a jovem disse que havia descido do ônibus, na Rua Baronesa do Gravataí, na Cidade Baixa, e foi ofendida por três homens por estar com adesivos que indicassem a orientação sexual e o candidato que votou nas eleições. Ela relatou ter sido segurada por dois deles, enquanto o outro fez a marca nela. A vítima afirmou não lembrar de mais detalhes por ter entrado em pânico na hora.
A 1ª Delegacia de Polícia da Capital já analisou oito imagens de câmeras de segurança, cada uma com cerca de duas horas, e tem uma lista de 20 pessoas para ouvir, dentre moradores e trabalhadores da região. Até agora, ninguém testemunhou a agressão. A jovem foi chamada para dar mais um depoimento, mas não compareceu pois disse ter passado mal. Ainda não há prazo para a conclusão do inquérito.
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