Santa Cruz do Sul

Marca de 100 mil veículos nas ruas lança desafios para a mobilidade em Santa Cruz

O primeiro trimestre de 2023 representa um marco na história da mobilidade de Santa Cruz do Sul. De acordo com dados do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS), é possível constatar que o município chegou aos 100 mil veículos.

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O levantamento está completo até fevereiro, mostrando que, somente nos dois primeiros meses do ano, houve uma evolução de 150 unidades, somando 99.942, entre automóveis; motocicletas, motonetas e ciclomotores; utilitários e camionetes; reboques; caminhões e caminhão trator; ônibus e micro-ônibus e tratores.

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Especialista em gestão e legislação de trânsito, o tenente-coronel Ordeli Savedra Gomes entende que os números refletem o poder aquisitivo dos santa-cruzenses. “Se pensarmos em municípios ricos, como Carlos Barbosa e Erechim, os dados também são elevados”, exemplifica.

Da mesma forma que é resultado de um ponto positivo na sociedade, o crescimento da frota pode representar um problema e demanda atenção do poder público. Uma forma de minimizar essa situação pode ser o transporte coletivo. “Quando a gestão pública deixa mais atrativo o uso do transporte coletivo urbano – no nosso caso o ônibus, porque não comportamos veículo leve sobre trilhos –, isso se torna mais agradável”, afirma.

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Gomes acredita que a instituição de mecanismos como o bilhete integrado pode ter bons resultados, porque torna mais barata a utilização dos ônibus. O uso dos aplicativos ou táxis, de forma compartilhada, é outra opção atrativa. E deve estar nos planos dos santa-cruzenses, porque a tendência, reforça ele, é a continuidade do crescimento da frota, devido à universidade, presença e instalação de empresas e grande número de pessoas chegando à maioridade. “Não é como antes, mas ainda está entre os desejos dos jovens chegar aos 18 e ter seu veículo”, frisa.

Um plano para dinamizar o fluxo

Ordeli Savedra Gomes não acredita que existam limites para o crescimento das frotas de veículos. “À exceção dos modelos do Minha Casa Minha Vida, quem adquire um apartamento atualmente já coloca duas, três vagas de garagem. Nos anos 1980, quando meu pai comprou um apartamento em Porto Alegre, não tinha vaga”, recorda. Assim, torna-se ainda mais imprescindível a implantação de medidas para minimizar as consequências desse aumento de fluxo nas vias.

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O especialista acredita que as modificações que têm sido implantadas em Santa Cruz são positivas, objetivando a vazão e a menor retenção. “Não temos engarrafamento, como na BR-116, mas já estamos com pontos de retenção do trânsito. E a administração pública tem pensado nisso, com obras de engenharia, sinalização, duplicação e instalação de viadutos”, pondera.

Um dos exemplos dessas ações é o plano de mobilidade urbana Mobiliza Santa Cruz, lançado pela prefeita Helena Hermany no fim de 2021. A iniciativa objetiva trazer mais segurança e fluência para pedestres, ciclistas e motoristas de forma sustentável.

A justificativa é, justamente, o fato de que o município possui uma das taxas mais expressivas de motorização do Estado. No comparativo com as maiores frotas, tem o índice mais acentuado, com 1, 32 morador para cada veículo (tendo como base o índice provisório do Censo 2022). Porto Alegre, por exemplo, tem 1,75.

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As obras do Mobiliza Santa Cruz têm como base a legislação aprovada em 2020. Parte do investimento teve como suporte o contrato do Financiamento à Infraestrutura e Saneamento (Finisa). Algumas ações estão sendo realizadas, como a duplicação da BR-471; a formação de um anel viário com o objetivo de tirar o fluxo da área central, ligando Linha Santa Cruz à Zona Sul; criação de rótulas; ciclovias e sincronização das sinaleiras, formando a chamada “onda verde”. Entre as grandes obras também está o viaduto Arroio Grande, o primeiro da cidade construído com recursos próprios.

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